A agência europeia das fronteiras (Frontex) detetou quase 228.240 entradas irregulares na União Europeia (UE) nos primeiros nove meses do ano, um valor recorde para este período desde 2016, foi esta quinta-feira divulgado.
O número de entradas irregulares registadas entre janeiro e setembro representa, por outro lado, uma subida de 70% face ao período homólogo de 2021.
De acordo com dados divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), em setembro foram detetadas cerca de 33.380 entradas irregulares na UE, um aumento de 25% face ao mesmo mês de 2021.
Em relação às rotas migratórias mais utilizadas, a dos Balcãs Ocidentais (via Croácia, nomeadamente) continua a ser a mais ativa, com 106.396 passagens nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 170%, e 19.160 só em setembro, o dobro das identificadas um ano antes. Esta rota é fundamentalmente usada por sírios, afegãos e turcos.
Na rota do Mediterrâneo Central (uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Itália e a Malta), a segunda mais ativa, foram registadas, entre janeiro e setembro, 65.572 entradas irregulares, um avanço homólogo de 42%, das quais 7.200 em setembro (+5%), na sua maioria de pessoas procedentes da Tunísia, Egito e Bangladesh.
A Frontex reitera que os refugiados ucranianos que fogem da ofensiva russa, lançada em 24 de fevereiro e condenada pela generalidade da comunidade internacional, não integram os números das entradas irregulares nos territórios da UE.
Segundo a agência europeia, desde a invasão russa, entraram no espaço da UE 11 milhões de ucranianos.