Primeiro foi a desnazificação. Agora é a dessatanização. O secretário-adjunto do Conselho de Segurança da Federação Russa, Aleksey Pavlov, afirmou esta terça-feira que é “urgente realizar a dessatanização da Ucrânia” e que esse deve ser um dos principais objetivos da operação militar especial.

Citado pela rádio Sputnik, Aleksey Pavlov explicou que, desde a década de 90, “o número de membros de seitas religiosas” aumentou exponencialmente na Ucrânia, principalmente depois da revolução popular de 2014 (Euromaidan). O objetivo destas seitas, que foram trazidas pelos Estados Unidos para a Europa, passa por “reformatar” a mente dos ucranianos, forçando-os a abandonar tradições seculares e os valores da fé ortodoxa.

“Usando tecnologias especiais, as autoridades [de Kiev] transformaram a Ucrânia numa supersseita totalitária”, acusou Aleksey Pavlov, que assinalou que os dirigentes do país “foram os primeiros a transformar-se em fanáticos membros da seitas” e que as suas “opiniões são opostas às das pessoas consideradas normais”.

Aleksey Pavlov adiantou não saber quantas seitas religiosas existem na Ucrânia, mas “chegam às centenas”: “São como sociedades anónimas fechadas com algumas centenas de membros em cidades pequenas”. Uma delas é a “Igreja de Satanás”, que “se espalhou pela Ucrânia” pelos Estados Unidos.

“Acredito que, com a continuação da operação militar especial, torna-se cada vez mais urgente realizar a dessatanização da Ucrânia, ou, como o chefe da República da Chechénia, Ramzan Kadyrov, já sugeriu, a sua ‘completa dessatanização’”, concluiu Aleksey Pavlov.

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