A Tesla é um construtor norte-americano cuja aventura nos veículos eléctricos começou em Fremont, na Califórnia. Entretanto, abriu a segunda Gigafactory no Nevada, para de seguida rumar a Xangai, onde instalou o seu 3.º complexo fabril, e a Berlim, onde implantou a sua primeira fábrica na Europa, antes de regressar a casa para inaugurar a mais recente Gigafactory em Austin, no Texas. A beneficiar do factor “casa”, onde os Model S, X, 3 e Y começaram por ser produzidos, tudo indicaria que seria nos EUA que seriam fabricados mais rapidamente e com qualidade superior os modelos da marca. Mas a realidade provou que pode ser bem diferente da teoria.

Agora que possui instalações nos EUA, na Europa e na Ásia, a Tesla está em condições de apontar a sua fábrica chinesa como a mais produtiva, tendo conseguido retirar entre uma e quatro semanas ao prazo de entrega, que no início de 2022 rondava as 22 semanas. Daí que 200 engenheiros e técnicos chineses estejam a caminho de Fremont, para ali aplicarem os ensinamentos recolhidos em Xangai.

A Tesla está apostada em aumentar em 50% o volume de veículos vendidos em 2021, ano em que transacionou um pouco mais de 908.000 unidades, o que significa estar a apontar para 1,4 milhões em 2022. Mas os recentes lockdowns impostos pelo regime chinês impediram o construtor de ultrapassar as 254 mil unidades vendidas no 2º trimestre, valor que subiu 35% no 3º trimestre (343.830) com o aligeirar das medidas anti-Covid em Xangai.

Para conseguir entregar 1,4 milhões de automóveis, a marca de Elon Musk terá de vender 500.000 de veículos no derradeiro trimestre do ano, um incremento de 45% face ao actual recorde do fabricante, atingido precisamente no 3º trimestre de 2022. Mas é exactamente para tentar alcançar esta meta que a Tesla está a tentar optimizar a produção das suas instalações nos EUA, com a ajuda dos técnicos chineses, em parte porque a Gigafactory Berlim e Texas ainda estão na fase de incrementar a produção, mas longe da velocidade de cruzeiro.

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