Conor Kennedy, neto do ex-senador norte-americano Robert F. Kennedy e sobrinho-neto do ex-Presidente dos EUA John F. Kennedy, revelou no Instagram que se alistou para combater na guerra na Ucrânia e que esteve a lutar com as forças ucranianas, ao lado das quais estava “disposto a morrer”.

Numa publicação na rede social, acompanhada por uma fotografia em uniforme militar, conta que decidiu alistar-se por ter ficado “profundamente comovido” com o que estava a acontecer na Ucrânia e por ter ouvido falar na Legião Internacional — uma força constituída por combatentes voluntários estrangeiros. No dia seguinte, foi registar-se na embaixada.

Só contou a uma pessoa para onde iria e, na Ucrânia, apenas revelou a sua identidade a um colega. “Não queria que a minha família ou os meus amigos se preocupassem, e não queria ser tratado de forma diferente lá”, afirma.

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Sem experiência militar, mas com capacidade para “carregar coisas pesadas”, revela que aprendeu “depressa”. “Estava disposto a morrer lá”, diz mesmo. E, por isso, alega ter sido colocado na frente militar do nordeste do país. A CBS News diz não ter conseguido confirmar as alegações do jovem.

Conor Kennedy indica ainda que não ficou na Ucrânia durante muito tempo — não precisa quanto tempo ao certo, nem os motivos do regresso a casa — mas assegura que viu e sentiu “muito”. “Gostei de ser um soldado, mais do que esperava”, confessa.

Agradece o “exemplo” dado pelos amigos que fez na frente de batalha, as pessoas “mais corajosas” que já conheceu. “Sei que sou sortudo por ter podido regressar, mas voltaria a correr todos os riscos que corri outra vez”, garante. “Os meus colegas legionários — que vieram de diferentes países, origens e ideologias — são verdadeiros combatentes da liberdade. Tal como os cidadãos que conheci, muitos dos quais perderam tudo na sua longa luta contra a oligarquia, em direção a um sistema democrático. Eles sabem que isto não é uma guerra entre iguais, é uma revolução”, defende.

O norte-americano de 28 anos apelida a guerra como “horrível” e apela a que outros lhe sigam o exemplo: a combater, a ajudar na fronteira ou a enviar material médico. “Todos os dias, alguém lá sacrifica tudo por uma paz duradoura. Não lhes pode ser pedido que ajam sozinhos”, conclui.

Conor Kennedy é filho de Robert F. Kennedy Jr. e da sua segunda mulher, Mary Richardson Kennedy. O avô, Robert F. Kennedy, foi assassinado em junho de 1968, cinco anos depois do irmão John F. Kennedy.