Os tripulantes da TAP terão de assegurar a realização de um voo de ida e volta diário para 12 dos principais destinos internacionais servidos pela companhia durante os dois dias de greve marcada para 8 e 9 de dezembro pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). A decisão do tribunal arbitral determina também que tenham de ser assegurados todos os voos de regresso diretamente para o território português, bem como os como a realização de três voos diários para os Açores e dois para a Madeira. O acórdão não esclarece contudo se o ponto de partida desses voos será sempre Lisboa.

Os voos de Estado e militares também terão de ser garantidos.

De acordo com a decisão anunciada no site do Conselho Económico e Social, o Tribunal Arbitral pedido pela TAP determina que dos três voos para os Açores, dois sejam para São Miguel e um para a Terceira. No caso dos destinos internacionais da TAP, são contemplados dois voos diários de e para o Brasil, um servindo o Rio de Janeiro e outro São Paulo.

Nas outras rotas são apenas referidos um voo de ida e volta diário por país: Angola, França, Bélgica, Guiné Bissau, Moçambique, Cabo Verde, Luxemburgo, Reino Unido, Alemanha e Suíça. São destinos com comunidades portuguesas e os países de língua oficial portuguesa que têm comunidades residentes em Portugal. A proximidade do Natal e a dificuldade em encontrar alternativas para estas rotas foram argumentos considerados.

Esta segunda-feira a Ryanair anunciou em comunicado que vai reforçar a sua oferta em rotas afetadas pelo cancelamento de voos da TAP devido à greve, nomeadamente Londres, Bruxelas, Madeira, Ponta Delgada, Marselha a partir de Lisboa e Londres, Madeira e Luxemburgo a partir do Porto. A companhia irlandesa diz que lançou um pacote de tarifas de resgate de 49,99 euros para acomodar os “50 mil cidadãos portugueses e visitantes” que foram afetados pelos cancelamentos que a TAP terá de fazer.

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