A Ordem dos Médicos anunciou esta sexta-feira que reforçou os seus contactos junto do Fórum Ibero-Americano de Entidades Medicas e das entidades competentes para agilizar o repatriamento para Portugal dos sete jovens médicos portugueses retidos no Peru.

A Ordem dos Médicos manifesta, em comunicado, “solidariedade institucional e pessoal aos sete médicos recém-diplomados pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra”, revelando que, “na sequência de todas as diligências efetuadas, foram remetidas cartas para sensibilizar as autoridades peruanas para agilizar o regresso destes médicos a Coimbra, com a maior celeridade possível”.

“Face ao forte tumulto social e ao recrudescimento dos protestos naquele país da América Latina, a Ordem dos Médicos, também através do Departamento Internacional, continua a desenvolver a sua intervenção em articulação com as autoridades de modo a prestar todo o apoio necessário para ultrapassar estes acontecimentos no Peru“, refere no comunicado.

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Neste contexto excecional, afirma, “a Ordem dos Médicos está a aprofundar todos os contactos, quer no âmbito das relações institucionais do Fórum Ibero-Americano de Entidades Médicas (que agrega representantes de organizações médicas da América Latina, Caribe e da Península Ibérica), quer com as autoridades diplomáticas nacionais e europeias”.

Segundo o comunicado, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e o presidente da Secção Regional do Centro, Carlos Cortes, estão “a envidar todos os esforços” para trazer os médicos para Portugal, “desenvolvendo diligências no sentido de acautelar a sua integração num corredor humanitário através de Lima, a capital daquele país que enfrenta atualmente fortes restrições de circulação”.

Carlos Cortes, citado no comunicado, afirma que, “numa altura em que o País entrou em estado de emergência com o consequente encerramento de aeroportos e outros com acesso limitado, a Ordem dos Médicos reforçou os seus contactos junto das entidades competentes para agilizar o repatriamento”.

A Embaixada de Portugal em Lima tem “realizado diligências junto das autoridades peruanas” assim como está em contacto com os portugueses e respetivas famílias, para conseguir retirar os portugueses do país, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

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O encerramento dos aeroportos peruanos, assim como a interrupção da circulação rodo e ferroviária, está a impedir o regresso a Portugal, segundo relatos dos pais que dizem que os jovens estão em segurança.

Na quarta-feira, o governo da nova chefe de Estado do Peru, Dina Boluarte, decretou o estado de emergência em todo o país, por um período de 30 dias, “para controlar atos de vandalismo e violência cometidos nas manifestações de protesto” contra a destituição do ex-presidente Pedro Castillo.

O ex-presidente foi detido na quarta-feira passada por guarda-costas quando se dirigia à embaixada do México para solicitar asilo político. É acusado de “rebelião” e na quinta-feira o Supremo Tribunal ordenou, a pedido do procurador-geral, que permanecesse em detenção provisória por sete dias.