Terry Hall, vocalista da banda The Specials, morreu esta segunda-feira à noite com apenas 63 anos, após doença repentina, anunciou a banda britânica em nota partilhada através das redes sociais.
“É com grande tristeza que anunciamos a morte, depois de uma doença repentina, de Terry, o nosso lindo amigo, irmão e um dos mais brilhantes cantores, compositores e letristas que este país já produziu”, lê-se num comunicado divulgado pelo grupo formado em 1977 em Coventry.
“A sua música e as suas performances revestiram a própria essência da vida… a alegria, a dor, o humor, a luta pela justiça, mas principalmente o amor”, acrescentou a banda. Os The Specials pediram ainda respeito à privacidade da família do músico, sem adiantarem detalhadamente as causas da morte.
O músico ganhou notoriedade nas décadas de 1970 e 1980, enquanto um dos vocalistas de uma banda que marcou o panorama musical nestas décadas. Fê-lo misturando letras politizada e socialmente interventivas com os ritmos festivos do ska, da música rocksteady (com origem na Jamaica) e do two-tone, esta última uma estética musical muito popular no Reino Unido no final dos anos 1970 e no início da década de 1980, cruzando esse balanço sobretudo jamaicano com a new wave e o punk daquela época.
Foi precisamente nesta altura que os The Specials tiveram maior impacto, com canções como “Too Much Too Young”, “A Message to You Rudy”, “Monkey Man”, “Ghost Town” e “Friday Night, Saturday Morning” e com álbuns como The Specials (1979) e More Specials (1980), os dois primeiros da discografia do grupo.
Ainda na década de 1980, o grupo parou depois de Jerry Dammers, teclista fundador e compositor da banda, ter terminado a sua ligação aos The Specials para se dedicar mais intensamente ao ativismo político.
A banda voltou em 1993, já sem Dammers como membro, tendo tido de atividade regular e apenas com paragens intermitentes daí em diante. Foram editados álbuns como Today’s Specials (1996) e Guilty ’til Proved Innocent! (1998) ainda nos anos 90, Skinhead Girl (2000) e Conquering Ruler (2001) nos anos 2000 e mais recentemente Encore (2019) e Protest Songs 1924-2012 (2021).