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A guerra na Ucrânia chegou esta quarta-feira ao 300º dia, que fica marcado pela notícia da primeira deslocação de Zelensky ao estrangeiro, desde que as forças russas invadiram o território ucraniano, a 24 de fevereiro. A viagem aos Estados Unidos do líder ucraniano só foi anunciada esta terça-feira à noite, mas o convite já terá sido feito na semana passada.

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Joe Biden terá feito uma chamada para a Ucrânia no dia 11 de dezembro, domingo, e terá convidado o Presidente ucraniano para visitar Washington. Na nota divulgada pela presidência ucraniana a respeito dessa conversa telefónica entre os dois líderes não há qualquer referência a um convite de Biden para que Zelensky se deslocasse aos Estados Unidos esta quarta-feira. Na nota, Kiev sublinha o agradecimento a Washington pelo “apoio financeiro e de defesa sem precedentes” à Ucrânia no contexto da guerra e é também referido o plano de Zelensky de promover uma Cimeira Mundial para a Paz.

Agora, o jornal de Le Monde conta que, depois dessa chamada — e de um primeiro convite verbal feito por Biden —, o convite oficial da Casa Branca terá chegado às mãos de Zelensky três dias depois, a 14 de dezembro, e a confirmação foi feita no dia 18, no passado domingo.

Já esta manhã, Zelensky confirmou que está a caminho dos Estados Unidos e que vai “falar sobre a cooperação entre a Ucrânia e os Estados Unidos”. “Também irei fazer um discurso no Congresso e terei um conjunto de reuniões bilaterais”, escreveu o Presidente ucraniano no Twitter. Segundo a agência de notícias Bloomberg, Zelensky chega à Casa Branca às 14h (19h em Lisboa) e reúne-se depois, durante cerca de duas horas, com Joe Biden na Sala Oval. No final, está prevista uma conferência de imprensa conjunta. Zelensky discursa, a seguir, perante o Congresso norte-americano.

A preparação do encontro oficial entre Zelensky e Biden demorou então cerca de uma semana. Na preparação do encontro, os Estados Unidos terão dado indicações às autoridades ucranianas sobre que medidas deveriam ser asseguradas para que a deslocação e o próprio encontro entre os dois líderes decorra em segurança. Algumas questões estão ainda por responder, nomeadamente quem integra a equipa que acompanha Zelensky nesta viagem e também quais as medidas de segurança que foram adotadas, em concreto, pelos dois países.

No âmbito do encontro em território norte-americano, está previsto que seja aprovado um novo pacote de ajuda dos EUA à Ucrânia, que deverá incluir os tão desejados sistemas de defesa anti-aérea Patriot. E Biden quer também aproveitar esta visita para “reforçar diretamente uma mensagem essencial ao Presidente Zelensky — ao povo ucraniano, ao povo norte-americano e ao mundo –, de que os Estados Unidos estarão ao lado da Ucrânia durante o tempo que for necessário”, disse uma fonte da administração de Biden, citada pela CNN.

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As conversas entre os dois países têm sido regulares desde que começou a guerra na Ucrânia. Aliás, os contactos entre Zelensky e Biden começaram já em setembro de 2021, alguns meses antes da invasão das tropas russas, precisamente para discutir prováveis movimentos de Moscovo em território ucraniano.