Depois de empatar com o Everton no último dia do ano, no passado fim de semana, o Manchester City ficou a sete pontos da liderança do Arsenal — ou seja, abriu a porta a uma desvantagem que não era irredutível mas que tornava quase proibida a perda adicional de pontos. Esta terça-feira, porém, o mesmo Arsenal empatou com o Newcastle. Logo, os preocupantes sete pontos podiam passar a uns mais simpáticos cinco.

Para isso, porém, era preciso ultrapassar um outro big six. O Manchester City deslocava-se a Londres para visitar um Chelsea em crise, com apenas uma vitória nos três jogos já disputados após o final do Campeonato do Mundo e enterrado no 10.º lugar da Premier League, bem longe das posições de apuramento europeu. Nada que, ainda assim, deixasse Pep Guardiola descansado.

“Ainda nem sequer terminámos a primeira volta da temporada. Ainda vão acontecer muitas coisas. É mesmo isso que eu acho, em relação a todos os clubes e a todas as equipas. Será um jogo difícil, é uma boa equipa, muito bem treinada. E é Stamford Bridge. Não interessa o lugar em que estás, quando vais lá é sempre difícil. Mas, ao mesmo tempo, estamos ansiosos por estas semanas. Pelas diferentes competições, especialmente pela Premier League nas próximas três jornadas”, atirou o treinador espanhol, antecipando desde logo os confrontos com o Manchester United, o Tottenham e o Wolverhampton para a Premier League.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assim, esta quinta-feira e no primeiro de dois jogos entre as duas equipas no espaço de quatro dias — voltam a encontrar-se no domingo, no Etihad, na terceira ronda da Taça de Inglaterra –, Guardiola lançava o crónico Haaland e Foden, De Bruyne, Gündoğan e Bernardo no apoio mais direto, com João Cancelo a ser também titular e Rúben Dias a ficar ainda de fora por lesão. Do outro lado, Graham Potter apostava em Havertz enquanto referência ofensiva, com Ziyech, Sterling e Pulisic na segunda linha de ataque.

Potter foi obrigado a mexer logo nos instantes iniciais, com Sterling a sofrer uma lesão muscular no primeiro jogo em que defrontou a antiga equipa e a ser substituído por Aubameyang. Ainda na primeira meia-hora, as dificuldades do Chelsea adensaram-se: Pulisic sofreu exatamente o mesmo e saiu para deixar entrar Chukwuemeka.

A partida chegou ao intervalo sem golos, apesar de Chukwuemeka ter acertado na trave mesmo em cima do final da primeira parte (44′), e Guardiola decidiu arrancar o segundo tempo com uma dupla alteração para lançar Akanji e Rico Lewis para os lugares de Kyle Walker e Cancelo.

O jogo manteve-se a zeros até o relógio marcar uma hora mas, já depois de Mahrez e Grealish serem apostas no Manchester City, o argelino e o inglês uniram-se para resolver: o segundo recebeu de De Bruyne na esquerda, fez um passe rasteiro para o poste mais distante e a rasgar toda a defesa adversária e o primeiro só teve de encostar (63′).

Já nada mudou até ao fim — com o pormenor de Aubameyang, que entrou para render Sterling, ainda ter sido substituído — e o City venceu o Chelsea em Stamford Bridge. Ou seja, encurtou para cinco pontos a distância para a liderança do Arsenal e deixou os blues ainda mais enterrados nas aspirações de escalar a classificação.