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O suspeito da remoção de um mural do artista Banksy de um edifício na região de Kiev pode vir a enfrentar até 12 anos de prisão, revelaram as autoridades ucranianas. O mural retrata uma mulher vestida com um robe e com uma máscara de gás no rosto, enquanto segura um extintor de incêndio. Pintado na cidade de Hostomel em novembro, a obra foi removida no início do mês seguinte.
A Polícia nacional da Ucrânia indicou que um grupo de pessoas de Kiev e Cherkasy removeu a pintura no dia 2 de dezembro. Os “criminosos” tentaram transportar o graffiti com a ajuda de placas de madeira, mas foram apanhados em flagrante. “Foi graças à preocupação dos cidadãos que a polícia e outras forças de segurança conseguiram detê-los“, pode ler-se no comunicado divulgado na página oficial.
Apesar de o nome do suspeito não ter sido divulgado, um ativista admitiu ter sido o responsável pela remoção do mural. Em entrevista ao New York Times, Serhiy Dovhyi revelou que pretendia leiloá-lo e, com o montante obtido, ajudar as Forças Armadas ucranianas.
Dovhyi defendeu as suas ações, que documentou em vídeo, afirmando que a obra tinha de ser salva uma vez que a parede ia ser demolida em breve. Ao jornal norte-americano disse que esse aspeto pode mesmo contribuir para aumentar o valor da obra, avaliada pelas autoridades em 245.000 dólares.
A arte de rua, ao contrário de uma obra no Louvre, não pertence a ninguém”, defendeu.
O mural é um de sete pintados por Banksy em edifícios em ruínas na Ucrânia. Durante várias semanas suspeitou-se que o artista estava a deixar a sua marca por algumas cidades da Ucrânia. Foi o próprio que confirmou, com um vídeo divulgado na conta oficial de Instagram, que tinha pintado as obras ao longo do mês de novembro.
O artista também já pintou graffiti reivindicativos noutros territórios em conflito, nomeadamente na Cisjordânia, como forma de expressar a sua solidariedade para com o povo palestiniano.