O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, desafiou esta quinta-feira a plataforma de entregas Glovo a fazer parte da Fábrica de Unicórnios no Beato, em Lisboa, durante a inauguração do novo escritório da ‘startup’ unicórnio.

“Eu queria-vos pedir um grande favor: Sasha [Michaud, cofundador da Glovo] vocês têm que ser parte desta Fábrica de Unicórnios (…), têm que nos ajudar, fazer parte desse grande movimento que eu quero que Lisboa seja, uma cidade de inovação”, desafiou Carlos Moedas.

“Quando comecei esta aventura para ser presidente da Câmara, ainda quando muitos não acreditavam que seria o presidente da Câmara, eu tinha duas ideias base: toda a gente dizia, não, não, isso é uma coisa de nicho, que era a cultura, com um teatro em cada bairro, e era a Fábrica de Unicórnios”, disse o autarca.

“Quando eu disse que Lisboa podia ter uma Fábrica de Unicórnios” as pessoas “não acreditavam”, prosseguiu, defendendo que é preciso ter ambição.

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Neste primeiro ano “em que criámos a Fábrica de Unicórnios, o que é interessante é que 10 unicórnios, 10 empresas que valem mais de 1.000 milhões, sem contar com a Glovo, porque a Glovo já cá estava, vieram para Portugal, criaram escritórios em Portugal, criaram oportunidades de trabalho em Portugal“, apontou.

Segundo Moedas, “Lisboa é a cidade onde aqueles que são grandes empresas e estão hoje a criar estas novas economias se podem sentir em casa, porque tem um presidente da câmara que acredita neles”, enfatizou Carlos Moedas.

“Nem todas as cidades têm presidentes de câmara que dizem: venham para a nossa cidade”, insistiu o autarca, referindo que se sente “sempre o presidente da Câmara da inovação” e reafirmou que acredita que “Lisboa pode ser realmente a capital da inovação da Europa”.

A Glovo Portugal, que esta quinta-feira inaugurou a nova sede em Lisboa, está presente no mercado português desde 2017 e registou um volume de negócios de 200 milhões de euros no ano passado, mais 30% a 40% face ao registado em 2021.

De acordo com a plataforma, “as encomendas de produtos tecnológicos aumentaram 230% em 2022, enquanto o serviço de Glovo Express, que abarca as encomendas de produtos considerados de alta conveniência, cresceu 150%” e as “encomendas de produtos de saúde e beleza tiveram um impulso de quase três dígitos, mais concretamente, 95%”.

Para este ano está previsto um investimento de 50 milhões de euros, mais 10 milhões de euros do que foi investido em Portugal em 2022.

“Este investimento pretende tornar a aplicação da Glovo o mais acessível possível para os utilizadores, com taxas de entrega baixas e uma maior aposta no Glovo Prime. Desta forma, pretende-se consolidar a presença da marca e manter a dinâmica de crescimento, sempre em estreita colaboração com as entidades parceiras”, refere a plataforma, em comunicado.