É na Fábrica dos Unicórnios que Carlos Moedas se sente “bem” após “alguns dias difíceis” rodeados de controvérsia a envolver o projeto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mais concretamente o custo do altar-palco.

No Hub Creativo do Beato, na sessão de lançamento do programa “Scaling Up”, o autarca descreveu qual é, no seu entender, a sua “maior aposta política até ao momento”: “Ter a coragem de, no início da minha campanha política para ser presidente da Câmara de Lisboa, dizer que queria ter uma Fábrica de Unicórnios“, apesar de existir um “risco enorme” de poder não acontecer.

Sete scaleups juntam-se à Sensei no programa de aceleração da Fábrica dos Unicórnios de Moedas

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Considerando que a fábrica tem como objetivo tornar as empresas “em unicórnios, mas também trazer unicórnios para Lisboa”, Moedas recordou aqueles que não acreditavam no seu projeto: “Muitas pessoas gozaram comigo, ridicularizaram-me, mas nunca desisti.”

Que ano incrível. Vamos celebrar isso. Fomos capazes de atrair 11 unicórnios para Lisboa e agora queremos que vocês [as oito scaleups selecionadas para o programa] sejam unicórnios”, acrescentou.

Para Carlos Moedas, Lisboa tem que ser uma cidade, além de inovadora, “aberta” e “diversa”. “Vamos fazer de Lisboa a capital da inovação com estes grandes, grandes unicórnios” que “acredito que vocês vão ser no futuro próximo”, disse, olhando para os dirigentes da Bairro, da HolyWally, da Knok, da Leadzai, da ORNA, da Pleez, da Zharta e da Sensei que estavam no Hub Creativo do Beato.

Fazendo uma perspetiva para o futuro, daqui a 10 anos, Carlos Moedas disse que já não será o presidente da Câmara de Lisboa, mas que todos se vão lembrar “destas oito empresas” que “começaram o sonho da Fábrica dos Unicórnios”.

Se Lisboa de Carlos Moedas ambiciona ser uma cidade repleta de unicórnios, Israel poderá ser o exemplo a seguir. O Waze, uma das aplicações preferidas dos condutores que contém informações acerca do trânsito, nasceu nesse país, que esta terça-feira foi descrito como uma “startup nation“.

Startups. O que tem Lisboa a aprender com o caos criativo de Telavive

A expressão foi utilizada por Dor Shapira, o embaixador de Israel em Portugal, que afirmou que o país atualmente conta com cerca de 80 unicórnios — empresas com uma avaliação superior a mil milhões de dólares. Esse número é, segundo o embaixador, “superior” ao total de “unicórnios da União Europeia”.

Para Dor Shapira, as empresas, especialmente aquelas que foram selecionadas para o programa “Scaling Up”, não devem ter “medo do fracasso” e de “arriscar”. “Se olhares para o fracasso como uma derrota não vais ter sucesso”, acrescentou.

No final da sua intervenção, o embaixador de Israel destacou o apoio de Carlos Moedas às startups e desejou que, no próximo ano, a Fábrica dos Unicórnios integre mais do que uma tecnológica israelita.