A editora Guerra e Paz vai recuperar, a partir de março, toda a ficção de Jorge de Sena. Nesse mês, serão publicadas novas edições de Andanças do Demónio e de O Físico Prodigioso. Novas Andanças do Demónio sairá em maio.

A Guerra e Paz editará também alguns ensaios escritos por Sena, em edições isoladas ou acompanhando os textos a que dizem respeito. É o caso de “Maquiavel”, que servirá de introdução a O Príncipe, a publicar em abril. Mas o primeiro ensaio que a editora lançará será o pouco conhecido “Amor”, o longo verbete escrito para o Grande Dicionário da Literatura Portuguesa e da Teoria Literária, dirigido por João José Cochofel.

Em junho, será lançado “Literatura Portuguesa, composto para a Enciclopédia Britânica. O ensaio é, segundo o editor da Guerra e Paz, Manuel Fonseca, “a melhor introdução à literatura portuguesa”. Trata-se de uma “viagem” pela literatura nacional, desde as cantigas galego-portuguesas até 1974, quando Sena escreveu o texto.

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O objetivo da editora com esta coleção é apresentar as obras de Sena como foram originalmente publicadas, evitando as antologias e coletâneas. “Queremos estabelecer a primeira emoção da leitura” do escritor, disse Manuel Fonseca na apresentação das novidades da editora, esta quarta-feira, que incluem novos títulos das principais coleções da Guerra e Paz e uma nova aposta no thriller e policial.

As edições terão um novo grafismo, “mais jovem”, que pretende chamar a atenção de novos e velhos leitores.

Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de novembro de 1919, e morreu em Santa Barbara, na Califórnia, a 4 de junho de 1978. Poeta, ficcionista, dramaturgo, crítico, ensaísta e tradutor, é autor de uma obra vasta e importante obra, em grande parte publicada postumamente pela mulher, Mécia de Sena. Aquele que é talvez o seu livro mais conhecido, Sinais de Fogo, publicado em 1979, também após a sua morte, foi adaptado ao cinema em 1995, por Luís Filipe Rocha.