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A União Europeia (UE) já mobilizou 25 equipas de busca e salvamento, envolvendo perto de 1.200 socorristas oriundos de 21 países, incluindo Portugal, para ajudar as autoridades turcas nas operações de resgate que prosseguem depois do sismo de segunda-feira.

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Num ponto da situação do apoio que está a ser prestado à Turquia após Ancara ter solicitado a ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE, o porta-voz da Comissão Europeia para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Balasz Ujvari, indicou que 19 Estados-membros (Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Hungria, Itália, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal e Roménia), mais Albânia e Montenegro, disponibilizaram um total de 25 equipas socorristas, 11 das quais já estão no terreno, e que incluem 79 cães de busca.

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Além disso, prosseguiu, foram enviadas duas equipas médicas para prestar cuidados de saúde de emergência às pessoas afetadas, tendo ainda o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE reunido uma equipa de Proteção Civil da UE constituída por peritos de 11 Estados-membros, que “foram imediatamente destacados para a Turquia para apoiar as operações”.

Relativamente à Síria, também particularmente atingida pelo sismo de magnitude de 7,8 na escala de Richter e consequentes réplicas que abalaram a região na segunda-feira, “a UE está em contacto com os seus parceiros humanitários no terreno e a financiar organizações humanitárias que estão a realizar operações de busca e salvamento, ao mesmo tempo que fornece água e apoio sanitário, e distribui cobertores e artigos de higiene nas áreas afetadas”, apontou a Comissão.

O porta-voz acrescentou que estão também a ser avaliados “o nível de danos e necessidades dentro da Síria, na sequência do sismo de ontem [segunda-feira], para adaptar a resposta”, estando a UE a “considerar todas as opções viáveis para a distribuição de recursos adicionais dentro da Síria, em apoio às populações afetadas”.

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Portugal anunciou esta terça-feira que uma equipa de 53 elementos da Proteção Civil, GNR e emergência médica parte na quarta-feira para a Turquia para apoiar os esforços de busca e salvamento após o sismo de segunda-feira, que já fez mais de 5.000 mortos.

Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos da Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil, integrada por elementos da UEPS (Unidade de Emergência de Proteção e Socorro) da Guarda Nacional Republicana e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de proteção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, disse esta terça-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, à margem de um encontro com autarcas da região Centro em Coimbra.

Em declarações aos jornalistas na mesma ocasião, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, explicou tratar-se de uma força conjunta com elementos da estrutura da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), elementos da UEPS da GNR, unidades do Regimento de Sapadores Bombeiros e uma equipa de intervenção médica do INEM para a segurança da própria força.

Estamos a prever sair amanhã [quarta-feira] durante o dia. Já foram encontradas, em parceria com o Mecanismo Europeu, as metodologias que são necessárias para meter a força na Turquia, conjuntamente com outros esforços europeus e outras forças europeias que neste momento se estão a preparar”, explicou.

A previsão é que a missão seja de 10 a 15 dias, mas poderá ser estendida, consoante aquilo que a equipa encontrar no terreno e em função da política externa portuguesa, acrescentou o responsável.

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Duarte da Costa disse que não se sabe ainda qual será o local exato em que a equipa portuguesa irá atuar, mas explicou que os pormenores estão a ser acertados com as autoridades da Turquia.

Além dos 53 elementos, Portugal enviará também equipamento de busca e salvamento, mas não equipamento pesado.

O balanço provisório dos sismos ocorridos na segunda-feira na Turquia e na Síria aumentou para mais de cinco mil mortos, enquanto decorrem as operações de resgate nos escombros dos edifícios destruídos nos dois países.

Os abalos, o maior dos quais com magnitude 7,8 na escala de Richter, derrubaram milhares de edifícios no sul da Turquia e no norte da Síria.

As equipas de socorro mantêm-se nos locais afetados, com os trabalhos dificultados pelas baixas temperaturas que se registam na região.

Segundo uma estimativa esta terça-feira avançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas afetadas pelos terramotos que atingiram o sudeste da Turquia e o norte da Síria pode chegar aos 23 milhões.