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As forças russas intensificaram nesta sexta-feira os ataques aéreos no sul e leste da Ucrânia, atingindo infraestrutura crítica em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, e em Zaporijia, fazendo disparar as sirenes em grande parte da Ucrânia.

O secretário do conselho de Zaporijia, Anatolii Kurtiev, disse que a cidade foi atingida 17 vezes no espaço de uma hora, o que, acrescentou, foi o período de ataques mais intenso desde o início da invasão em grande escala, em fevereiro de 2022.

Explosões foram ouvidas em várias partes da região, incluindo em Zaporijia e em Vinnytsia, enquanto na região vizinha de Dnipropetrovsk as autoridades locais alertaram para um ataque de drones, informaram fontes oficiais, citadas por agências de notícias ucranianas.

A maior central nuclear da Europa fica situada na região de Zaporijia e permanece nas mãos da Rússia, que controla parcialmente a zona.

Em Kharkiv, as autoridades ainda estão a tentar obter informações sobre eventuais vítimas e a escala da destruição, com o autarca Ihor Terekhov a dizer que pode haver interrupções no aquecimento e no fornecimento de eletricidade e água.

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A agência de informação militar da Ucrânia disse que as forças russas lançaram uma ofensiva nas regiões parcialmente ocupadas de Donetsk e Luhansk, com o objetivo de obter o controlo total da zona industrial, conhecida por Donbass.

As autoridades pro-russas de Donetsk garantiram nesta sexta-feira que irão conquistar “em breve” a cidade de Marinka, próxima da capital regional.

“Ainda não vou dar nenhuma data, mas (Marinka) será libertada em breve”, disse o chefe da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, citado pela agência de notícias oficial russa TASS.

Pushilin acrescentou que as tropas ucranianas construíram muitas fortificações na cidade, a cerca de 25 quilómetros de Donetsk, e que agora as forças russas estão a “romper as suas defesas” e já controlam parte de Marinka.

Em dezembro, Pushilin tinha descrito a situação em Marinka como “difícil”, cujo controlo é de grande importância para os russos, devido à proximidade com a capital da região de Donetsk.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participou numa cimeira extraordinária entre chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas, que terminou esta madrugada.

Zelensky tem insistido nas últimas semanas sobre a necessidade de o país receber aviões de combate e nesta quinta-feira, perante os líderes dos 27, reiterou o pedido.

Os países ocidentais resistiram até agora fornecer meios aéreos à Ucrânia, embora a França e Reino Unido não tenham excluído esta hipótese.

O primeiro-ministro português António Costa rejeitou o pedido, sublinhando que a frota que Portugal tem “está empenhada em diferentes missões, de soberania nacional e garantia da integridade do território, missões de interceção” e também nos compromissos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).