A cidade de Quelimane, no centro de Moçambique, não tem eletricidade nem telecomunicações depois da passagem do ciclone Freddy que atingiu o continente pela segunda vez na última noite junto à capital provincial da Zambézia.

“A situação é caótica”, referiu um repórter da Televisão de Moçambique (TVM), através de uma ligação por satélite.

O vento está a abrandar, mas continua a chover intensamente e não é fácil circular porque há árvores caídas, assim como postes de eletricidade e outras estruturas.

As habitações estão danificadas, a maioria de construção precária, além de haver danos em infraestruturas como escolas e unidades sanitárias, sobretudo nas coberturas.

Ainda não houve condições para as autoridades atualizarem o balanço dos prejuízos, mantendo-se a informação de um morto registado no sábado depois do desabamento de uma casa na povoação de Maquival devido à intempérie.

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As autoridades recomendam que a população permaneça em zonas abrigadas.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) abriu centros de acolhimento e tem lançado alertas nos últimos dias para a população sair de casas precárias e zonas ribeirinhas ou que habitualmente são sujeitas a inundações.

O ciclone Freddy já perdeu força e é agora uma tempestade tropical, mas ainda assim deverá provocar chuva intensa até quarta-feira no centro de Moçambique.

É a segunda vez que a intempérie se abate sobre o país, depois de um primeiro embate a 24 de fevereiro, provocando 10 mortes devido a condições adversas durante vários dias.