O presidente do Conselho Europeu defendeu esta quarta-feira que o início da invasão da Rússia à Ucrânia alterou o paradigma da União Europeia (UE) e desencadeou o nascimento da defesa europeia, que disse ser essencial para o futuro dos 27.

“Para vencer a paz precisamos de fortalecer a nossa defesa e as nossas capacidades”, sustentou Charles Michel, na abertura de um debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), sobre as prioridades do Conselho Europeu de 23 e 24 de março.

O presidente do Conselho lembrou que três dias depois do início da invasão da Federação Russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os Estados-membros da UE concordaram com o auxílio económico-financeiro e militar à Ucrânia.

“Isto marcou uma alteração do paradigma da União Europeia e desencadeou o nascimento da defesa europeia“, completou Michel perante os eurodeputados.

A defesa europeia, continuou o presidente do Conselho Europeu, vai ser fundamental para o futuro do bloco comunitário, do mesmo modo que é uma “necessidade urgente continuar a apoiar a Ucrânia”.

Nos últimos meses, as Forças Armadas leais ao Kremlin “dispararam entre 20.000 e 50.000 projéteis de artilharia” de grande calibre, por isso, a União Europeia — em parceria com os Estados-membros da NATO e outros países que apoiam Kiev — tem de avançar o quanto antes com a produção de munições e para a qual já há um plano que foi discutido na última semana pelos ministros da defesa da União.

“Gostávamos de ver uma escalada, uma escalada em direção à paz. Basta uma decisão do agressor para se avançar com a paz […], retirar as suas tropas”, advogou.

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