O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou esta sexta-feira as medidas anunciadas pelo Governo para mitigar os efeitos da inflação, considerando que são “bem tomadas, no momento adequado”, abrangendo “setores fundamentais”.

“Eu, da mesma maneira que critico o que é de criticar, elogio o que é de elogiar. E já elogiei o ministro [das Finanças] Medina há pouco, porque acho que [as medidas] foram bem tomadas, no momento adequado”, declarou o chefe de Estado aos jornalistas, num hotel de Santo Domingo.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o Governo atuou agora porque se percebeu “que não é para já a quebra da inflação” e se comprovou “haver folga” orçamental: “Neste momento estão preenchidas as condições, e não se esperou muito, muito mais”.

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Interrogado se são suficientes as medidas anunciadas, o Presidente da República respondeu: “Ora bom, isso ninguém sabe. Quer dizer, é o que é possível para este momento. Se são suficientes, depende da evolução do Orçamento no futuro e depende sobretudo de a inflação quebrar ou não quebrar”.

O chefe de Estado saudou também a “boa notícia quanto ao défice, 0,4%” em 2022, e reiterou que outra “boa notícia está por vir do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano” nas previsões do Banco de Portugal, de “perto de 2%, 1,8%”.

Ainda sobre as medidas do Governo para mitigar a inflação, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “vão a quatro setores fundamentais: os bens alimentares, reduzindo a zero durante um período de tempo, nos próximos meses, o IVA sobre os bens alimentares; medidas para a agricultura, que era muito sensível”.

“Medidas diretas de ajudas como aquelas que houve no final do ano passado no bolso das famílias; e depois uma preocupação de completar isso com um aumento extraordinário dos salários da função pública”, completou.

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O Presidente da República está desde quarta-feira à noite na República Dominicana, onde na quinta-feira realizou uma visita oficial de um dia, antes de participar na 28.ª Cimeira Ibero-Americana, entre sexta-feira e sábado, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa.