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Esta sexta-feira, que marca o 422.º dia desde o início da invasão, está a ser marcada pela notícia de que os membros do G7 estarão a considerar adotar uma proibição quase total das exportações para a Rússia. A notícia está a ser avançada esta sexta-feira pela agência de notícias japonesa Kyodo News, citando fonte do governo daquele país.

Como recorda o The Guardian, a Bloomberg tinha adiantado, já na quinta-feira, que os Estados Unidos e os aliados da Ucrânia estavam a considerar adotar esta mesma medida antes de se encontrarem numa cimeira no Japão, em julho. Questionado pela Bloomberg, o governo japonês não quis comentar a medida em concreto, mas defendeu que o G7 deve “continuar unido” e adotar sanções duras.

Entretanto, em Ramstein, na Alemanha, decorreu a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia. O líder da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que ““todos os aliados da NATO concordam que a Ucrânia será membro”. A afirmação não colheu consenso; no Twitter, o Presidente húngaro, Viktor Orbán, respondeu com uma interjeição, colocando em causa a possível entrada ucraniana: “O quê?!”

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“O quê?!”: Viktor Orbán contraria Jen Stoltenberg sobre adesão da Ucrânia à NATO

Veja aqui um resumo dos restantes temas que estão a marcar as últimas horas na guerra:

O que se passou durante o final da tarde e a noite?

  • Portugal vai enviar para Ucrânia cinco veículos blindados de socorro e apoio médico, anunciou esta sexta-feira a ministra da Defesa, Helena Carreiras, durante uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia na base aérea de Ramstein, na Alemanha;
  • Dmitry Medvedev classificou o Reino Unido como “inimigo eterno” de Moscovo, em reação às sanções britânicas contra cinco agentes do serviço de informação russo pelo seu papel na detenção do dissidente Vladimir Kara-Murza;
  • Um tribunal russo deu hoje ordem de prisão in absentia ao líder dos serviços de informação da Ucrânia, Kyrylo Budanov, pelo que a justiça russa designa como um “ataque terrorista” na ponte da Crimeia, de acordo com a agência estatal Ria Novosti;
  • A Ucrânia admitiu hoje que as forças russas conquistaram algum terreno em Bakhmut, mas garante que a situação está controlada;
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje em Ramstein que acredita que as forças de Kiev estão preparadas para reconquistar território, numa altura em que se antecipa o início da contraofensiva ucraniana;
  • Um padre russo detido na Ucrânia serviu hoje como moeda de troca para a libertação de 28 prisioneiros de guerra ucranianos;
  • O presidente da comunidade ucraniana em Portugal disse ter sido informado, pelo embaixador do Brasil em Lisboa e pelo ministro brasileiro Márcio Macêdo, que um alto representante do Governo brasileiro vai “em breve” visitar a Ucrânia;
  • As Forças Armadas Portuguesas acompanharam a passagem e monitorizaram o navio científico quebra-gelo Akademik Fedorov, que “navegou ao largo da costa nacional”;
  • Alemanha, Polónia e Ucrânia firmaram hoje um acordo para estabelecer um centro de reparação de tanques Leopard usados no terreno para combater a Rússia, anunciou o ministro da Defesa germânico, Boris Pistorious, na base aérea de Ramstein, de acordo com a agência Reuters.

O que se passou durante a manhã e início da tarde?

  • A China garante que não está a “inflamar” a “situação da Ucrânia”. A garantia é do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Giang;
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta sexta-feira que “todos os aliados da NATO concordam que a Ucrânia será membro”. Volodymyr Zelensky já aceitou o convite de Stoltenberg para participar na cimeira da organização em julho, em Vilnius, na Lituânia;
  • O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia garantiu que a Rússia lançou até 12 drones Shahed-136/1311 contra a cidade de Kiev, e que oito deles foram abatidos. Há 25 dias que estes ataques não se registavam na capital ucraniana;
  • A Ucrânia aderiu hoje ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia (UE), tornando-se o nono país que não é Estado-membro do bloco a participar no organismo que coordena a resposta a catástrofes naturais e de origem humana;
  • Os Estados Unidos vão iniciar o treino de forças ucranianas para o uso e manutenção de carros de combate Abrams já nas próximas semanas para fazer chegar os blindados o mais depressa possível à Ucrânia, disseram hoje fontes oficiais;
  • O ministro da defesa Ucrânia, que está na Alemanha para a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia (liderado pelos Estados Unidos e onde Portugal também está presente), diz que teve uma reunião bilateral “frutífera” com o homólogo dos EUA, Lloyd Austin;
  • De acordo com o Ministério da Defesa britânico, as condições adversas no terreno — em particular o excesso de lama — estão a contribuir para um abrandamento das operações de “ambos os lados do conflito”.

G7 pondera proibição quase total de exportações para a Rússia