Para comprovar teorias arriscadas são necessárias provas empíricas. Não basta dizer que se é melhor do que Guardiola, é preciso mostrar. O Leeds está numa situação delicada na Premier League. A equipa chegava à 35.ª jornada apenas um lugar acima da zona de descida. Numa tentativa de reverter o panorama. Javi Garcia foi despedido do comando técnico, situação que até ao técnico espanhol causou surpresa. “Foi um mau momento, mas há equipas piores do que nós”, disse ao The Athletic. O Leeds estreava no banco de suplentes um novo treinador. Sam Allardyce realizava o primeiro jogo ao comando da equipa. “Posso ter 68 anos e parecer velho e antiquado, mas não há ninguém à minha frente em termos de futebol. Nem Guardiola, nem Klopp, nem Arteta. Estão todos ao meu nível. Eles fazem o que fazem e eu faço o que faço. Ao nível do conhecimento, não estou a dizer que sou melhor do que eles, mas sou certamente tão bom quanto eles”, afirmou o inglês.

Aquela que podia ser vista como uma atitude presunçosa, foi entendida por Guardiola. “Allardyce está certo”, referiu o espanhol. “Ele tem carisma, vai pressionar os jogadores e sabe exatamente o que fazer nesse tipo de situação de luta pela permanência”. E exemplificou: “Olhemos para treinadores como Roy Hodgson, do Crystal Palace. Eles são muito bons, têm uma experiência incrível, conhecem o jogo perfeitamente”.

Num dia em que as cerimónias em Inglaterra são na sua maioria dedicadas a Carlos III, após quebrar o recorde de mais golos numa temporada na Premier League, Haaland voltava ao Etihad para também ele ser coroado. Guardiola até pediu aos adeptos que chegassem cedo mesmo que a partida quase se sobrepusesse às cerimónias que fizeram o país parar. “Por favor, amanhã, venham às 15h se não tiverem nada melhor para fazer. Há coisas importantes neste país, mas, de qualquer maneira, se não tiverem mais nada, venham ajudar-nos, porque precisamos. Temos apenas dois jogos em casa – Leeds e Chelsea – e precisamos dos nossos adeptos”, referiu o espanhol.

No jogo 100 entre Manchester City e o Leeds, os líderes da Premier League procuravam defender o primeiro lugar. Os peacocks sofreram 23 golos nos sete jogos que realizaram em abril, o pior registo de um clube da Premier League num único mês. Para os citizens, não foi difícil descobrir o caminho do golo. A bússola que mostrou por onde ir foi İlkay Gündoğan que por duas vezes (19′ e 27′) marcou a passe de Mahrez.

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Ederson regressou à titularidade na baliza de um City que não teve qualquer português no onze inicial. Os citizens tinham o resultado controlado. Por isso, aos 84 minutos, a equipa que está no primeiro lugar da Premier League deu a Gündoğan a hipótese de fazer o hat-trick, mas o médio alemão falhou a grande penalidade de que dispôs. O Leeds respondeu no minuto seguinte por intermédio de Rodrigo (85′), reduzindo para 2-1. Ainda assim, os comandados de Guardiola não deslizaram.

Também o jogo do Chelsea com o Bournemouth teve um início animado. Conor Gallagher inaugurou o marcador a favor dos blues aos nove minutos. Responderam os cherries por intermédio de Matías Viña (21′). João Félix via tudo do banco de suplentes de onde só saiu quando Frank Lampard o lançou para dentro do campo aos 84 minutos por troca com Hakim Ziyech. Nessa altura, os londrinos venciam graças ao golo de Benoît Badiashile (outro homem vindo do banco), aos 82 minutos, mas só com o remate certeiro do português o resultado final ficou selado (3-1). O Chelsea voltou a ganhar nove jogos depois do último triunfo.