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Marcelo verificou "peso" de Costa na Europa. Mas ida para alto cargo é do "foro interno" e saída só mesmo com eleições

Este artigo tem mais de 1 ano

Presidente da República admitiu peso de Costa, mas diz que "há muito tempo" que avisou qual era a sua posição: se o primeiro-ministro sair para a Europa em 2024, há eleições antecipadas.

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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Marcelo Rebelo de Sousa chegou zangado com António Costa a Estrasburgo, não fez qualquer referência elogiosa no púlpito, mas admite que o primeiro-ministro está bem posicionado no plano europeu. O Presidente da República disse esta quarta-feira quando se preparava para sair do Parlamento Europeu que verificou que, de facto, “o Governo tem muito peso a nível europeu”, numa força que atribui “quer ao primeiro-ministro, quer ao secretário de Estado para os Assuntos Europeus [Tiago Antunes]”.

Uma coisa é Marcelo admitir que Costa está bem cotado no eixo Bruxelas-Estrasburgo, outra é Marcelo Rebelo de Sousa apoiar uma eventual candidatura a presidente do Conselho Europeu, o cargo que melhor encaixa no fato europeu de Costa. O Presidente recusou-se, aliás, a abordar a questão diretamente: “Não me vou pronunciar sobre essa matéria porque essa matéria é do foro interno“. E avisa que “já disse qual a [sua] posição há muito tempo”. Era uma referência à tomada de posse do atual Governo quando disse que se Costa sair, convocará eleições antecipadas.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

O Presidente da República admite que este é um “processo muito importante do ano que vem” e que, embora seja “prematuro” estar a pronunciar-se, é algo que já “atravessa o pensamento das várias pessoas que estão aqui no Parlamento Europeu e nas instâncias europeias”.

Marcelo diz depois que se discute se é “aconselhável manter ou não lideranças atuais ou fazer ou não a mudança”. Esta é uma dúvida que existe para continuidade de Ursula von der Leyen, mas não para Charles Michel (que ocupa o cargo para o qual Costa está mais bem cotado). Marcelo adverte que “só o resultado das eleições e a [futura] composição do Parlamento é que vai determinar muito o debate sobre essa questão que, como sabe, começa muito cedo.”

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