Heather Armstrong, uma das influencers pioneiras nos Estados Unidos da América, morreu aos 47 anos. Foi encontrada morta pelo namorado, Pete Ashdown, na sua casa, em Salt Lake City, na noite de terça-feira. Armstrong era conhecida pela alcunha Dooce, que dava também nome ao blogue que lançou em 2001 e que acabou por transformar num negócio lucrativo, onde abordava todos os temas de forma franca, com especial foco na maternidade. Tinha dois filhos do seu primeiro marido, de quem se separou em 2012: Leta, de 19 anos, e Marlo, de 13 anos.

Foi Pete Ashdown, o companheiro, quem confirmou à Associated Press que Armostrong tinha acabado com a própria vida, adiantando que após um período de mais de 18 meses de sobriedade, a influencer tinha sofrido recentemente uma recaída.

Armstrong batalhava há vários anos contra a depressão e o alcoolismo, temas que partilhava abertamente nas suas redes sociais. Em 2017, quando os sintomas de depressão pioraram, inscreveu-se num ensaio clínico do Instituto Neuropsiquiátrico da Universidade do Utah. Foi posta em coma induzido quimicamente durante intervalos de 15 minutos ao longo de 10 sessões. O tratamento estava a ser testado para a cura da depressão.

“Senti que a minha vida não devia ser vivida”, contou à Vox em 2019 sobre a experiência. “Quando estás tão desesperada, estás disposta a tentar qualquer coisa. Pensei que os meus filhos mereciam ter uma mãe feliz, saudável, e precisava de saber que tinha tentado todas as opções para conseguir ser isso para eles.”

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Na conta de Instagram onde se apresentava como Dooce, o companheiro deixou uma mensagem esta quarta-feira sobre a sua morte, onde a considera “o amor da sua vida”. Nela, pode ler-se: “Mantenham as pessoas que amam por perto e amem todos os outros.” A publicação encheu-se de comentários em homenagem à influencer.

Heather Armstrong foi considerada uma das primeiras e mais populares mommy bloggers, a categoria de influencers cujo foco principal é o tema da parentalidade, tendo-se tornado popular ainda antes do termo “influencer” começar a ser aplicado de forma generalizada para assinalar pessoas com um elevado número de seguidores na era digital.

Além do blogue — entretanto tornado site — lançou vários livros (não traduzidos em português) como “Thing I Learned About My Dad (In Therapy): Essays” e “It Sucked and then I Cried: How I Had a Baby, a Breakdown and a Much Needed Margarita”, lançado em 2009, ano em que foi convidada no “The Oprah Winfrey Show” e considerada pela Forbes uma das mulheres mais influentes nos media.