A idade média da população empregada situava-se nos 44,2 anos, nos Censos 2021, o que representou um acréscimo de 2,8 anos face a 2011, encontrando-se os professores nos grupos profissionais mais envelhecidos, com uma idade média de 48,7 anos.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) destacou esta terça-feira o subgrupo “professor dos ensinos básico (2.º e 3.º ciclos) e secundário”, com uma média etária de 50,2 anos“, ao divulgar um conjunto de dados sobre as profissões e a escolaridade da população, com base nos resultados definitivos do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021.
“Na última década, paralelamente ao reforço da escolaridade da população assistiu-se ao crescimento do grupo profissional com maior qualificação — “especialistas das atividades intelectuais e científicas” — e, simultaneamente, aquele que requer menos estudos — “trabalhadores não qualificados”, lê-se no Destaque do INE publicado esta terça-feira.
As profissões relacionadas com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) “viram o seu peso reforçado”, com destaque para “diretores dos serviços das Tecnologias da Informação e Comunicação” (132,3%), “analistas e programadores, de software, web e de aplicações” (112,1%) e “especialistas em base de dados e redes” (134,7%), em que a população empregada mais do que duplicou.
Também o grupo dos “especialistas em finanças e contabilidade” (151,8%), onde se incluem profissões como contabilistas, consultor financeiro, analista financeiro e o grupo dos “especialistas em organização administrativa” (136,9%), registaram crescimentos “muito significativos” na última década.
“Entre 2011 e 2021, observou-se um acréscimo da população empregada com ensino superior em todos os grupos profissionais, em particular nos “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos” (18,6 pontos percentuais), “pessoal administrativo” (11,8 pontos percentuais) e “técnicos e profissões de nível intermédio” (11,2 p.p.).
Na última década, assistiu-se a “um ligeiro reforço da taxa de feminização do emprego no grupo “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos”, de 33,9% para 36,7%.
Em 2021, a população com ensino superior representava 19,8%, contra 13,9% em 2011.
Considerando o universo da população empregada em 2021, a proporção com ensino superior ascendia a 30,3% (22,3% em 2011).
Na última década, os “especialistas das atividades intelectuais e científicas” constituíam o grupo profissional em que se verificou o maior crescimento da população empregada (3,3 p.p.), seguindo-se os “trabalhadores não qualificados”, com um acréscimo de 2,3 p.p. passando a representar 15,4% da população empregada.
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“Em contrapartida, o maior decréscimo observou-se no grupo dos “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (-2,1 p.p.).