Dezenas de milhares de israelitas voltaram a manifestar-se contra a proposta do governo para reformar o sistema judicial, entrando na 21.ª semana de protestos maciços.
Os protestos deste sábado acontecem dias depois de a coligação de partidos ultraortodoxos e ultranacionalistas do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter aprovado um novo orçamento para dois anos. O principal protesto ocorreu em Telavive, onde participaram milhares de manifestantes.
A aprovação do novo orçamento poderá garantir alguma estabilidade ao governo de Israel. No entanto, também parece alimentar a opinião dos manifestantes de que Netanyahu está a apelar aos seus aliados religiosos em vez de abordar os problemas económicos mais amplos da sociedade em geral.
Israelitas bloqueiam estradas em protesto contra plano jurídico de Netanyahu
“Se Israel ficar com muito poder para si, basicamente tornar-se-á como a Polónia ou a Hungria, e não queremos isso“, disse Aylon Argaman, um manifestante, citado pela AP.
Os organizadores dos protestos descrevem as manifestações como um movimento para salvar a democracia e defendem que os planos do governo para enfraquecer o Supremo Tribunal destruiriam o sistema judicial do país.
Já os defensores da reforma judicial dizem que ela é necessária para controlar um Supremo Tribunal excessivamente zeloso. A polémica reforma judicial foi congelada em março pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após os protestos que começaram em janeiro de 2023. A 16 de maio, o Presidente de Israel, Isaac Herzog, instou o governo e a oposição a chegarem a acordo sobre a reforma judicial.
Israelitas saem novamente à rua para contestar reforma da Justiça