O Presidente da República disse, esta quarta-feira, que não teve “tempo” para falar com o primeiro-ministro, António Costa, na visita oficial à África do Sul, devido a um programa muito “intenso”. Houve apenas “impressões ocasionais” das relações entre Pretória e Lisboa. Sobre a política interna, o Chefe de Estado assumiu “saber o que se passa”, mas revelou que não vai tecer comentários.

Em Pretória, à margem das comemorações do 10 de junho, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre se a relação com António Costa tinha melhorado após a tensão causada pela decisão do primeiro-ministro em não ter demitido João Galamba, mas o Chefe de Estado não deu uma resposta, explicando que as circunstâncias não favoreceram o contacto entre as duas altas figuras do Estado.

Ainda assim, o Presidente da República assinalou que, nas “problemáticas internacionais”, há uma “convergência total” entre os dois líderes. “Quando estamos focados na política externa e estamos no estrangeiro, a parte internacional é fundamental e isso domina as preocupações de um e outro”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

Assinalando que no estrangeiro há uma “preocupação natural de acentuar a convergência”, Marcelo Rebelo de Sousa não quis prestar comentários sobre as relações entre São Bento e Belém no que diz respeito à política interna. No entanto, quando questionado se segurava o guarda-chuva do primeiro-ministro caso estivesse a chover como aconteceu em Paris em 2016, nas comemorações do 10 de junho, o Chefe de Estado disse que “sim”.

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