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Armas, munições, barras de ouro, um crocodilo embalsamado, passaportes falsos e um armário com várias perucas. Foram algumas descobertas feitas pelo Serviço Federal da Segurança da Rússia (FSB, sigla em inglês) na mansão de Yevgeny Prigozhin, na sequência das buscas realizadas na quarta-feira à residência do líder do grupo Wagner em São Petersburgo.
De acordo com imagens do jornal pró-Kremlin, Izvestia, foram também alegadamente recolhidos passaportes falsos e uma suposta fotografia emoldurada com as cabeças decepadas de inimigos de Prigozhin. As fotografias dos objetos encontrados nas buscas circulam já nas redes sociais, tendo inclusivamente sido partilhadas por Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro do Negócios Estrangeiros ucranianos.
Several more photos from the search of Prigozhin's home in St Petersburg.
A uniform with his awards, wig collection, a sledgehammer (with the writing "in case of important negotiations") and a photo with cut off heads.
As it turns out, the title of Hero of Russia was awarded to… pic.twitter.com/YJDoQJktlX
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) July 6, 2023
Entretanto, começaram também a circular nas redes sociais fotografias alegadamente pessoais de Yevgeny Prigozhin, onde é possível vê-lo com diferentes disfarces, utilizando barbas falsas, perucas e vários uniformes. As fotografias, que foram divulgadas pelo FSB, terão sido retiradas de um álbum pessoal do líder mercenário, explica a Sky News.
As imagens do Izvestia deixam observar mais detalhes da luxuosa mansão do líder que comandou a insurreição armada contra a Defesa russa: além de um piano de cauda, junto de uma escada em espiral de mármore, os registos fotográficos mostram o spa, com sauna e piscina interior, de Prigozhin. É ainda possível ver um martelo gigante, com a expressão “para usar em negociações importantes”, traduz o mesmo canal inglês.
A notícia das buscas surge no mesmo dia em que Aleksander Lukashenko anunciou que o líder mercenário estava na Rússia, mais concretamente em São Petersburgo, falando ainda na possibilidade de este se ter deslocado na manhã desta quinta-feira a Moscovo. O presidente bielorrusso foi o responsável pela mediação do acordo entre o Kremlin e o grupo Wagner, que levou ao recuo das forças mercenárias, que já estavam a alcançar Moscovo. O paradeiro de Prigozhin tem sido alvo de especulação desde o recuo da rebelião, mas a expectativa seria de que estaria, desde 24 de junho, exilado na Bielorrússia.