A Volkswagen já apresentou o concept do futuro ID.2 e a Renault vai revelar ainda este ano a versão definitiva do R5 a bateria, ambos destinados a competir no segmento dos utilitários a bateria e apontados a um preço de entrada que deverá arrancar nos 25.000€. A Stellantis não se deixa ficar atrás e, também ela, tem já na calha um par de modelos 100% eléctricos que devem ser ainda mais baratos, algures entre 22.000 e 23.000€. Ou seja, um valor muito próximo do preço do Dacia Spring, que actualmente é proposto em Portugal por preços a partir de 20.400€. Serão o Citroën ë-C3 e o Fiat Panda, ambos previstos para 2024.

Os futuros ë-C3 e Panda eléctricos destinam-se a fazer frente à concorrência chinesa, visando em particular a BYD, e pretendem ameaçar o domínio do Spring, o citadino a bateria da Dacia com ares de crossover que se posiciona como uma das propostas mais acessíveis do mercado na Europa, sendo o modelo 100% eléctrico que lidera a venda a particulares no Velho Continente.

De momento, o Dacia Spring – que é produzido na China – figura entre os eléctricos mais baratos disponíveis na Europa, mas esse reinado parece ameaçado assim que entrarem em cena novas propostas que, além de maiores e mais potentes, deverão oferecer também uma autonomia mais generosa. Será esse o caso do futuro R5, o sucessor do Zoe que vai começar a ser comercializado no próximo ano, esperando-se que o ID.2 e as suas declinações por parte da Cupra e da Skoda surjam em 2025, vindas da fábrica espanhola do Grupo Volkswagen em Martorell.

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Em breve, a Citroën vai apresentar o ë-C3, cuja comercialização deve arrancar já no início de 2024. Alguns meses depois, no Verão, será a vez de desvendar a nova geração do Panda, antecipada pelo concept Centoventi, que muito furor fez no salão de Genebra de 2019 e que, desde então, não conheceu qualquer evolução no sentido de se tornar um modelo a ser produzido em série, pese embora a Fiat pretenda tornar-se na “Tesla do povo”. Nesse sentido, o próprio CEO da marca italiana, Oliver François, já começou a levantar a ponta do véu sobre o que aí vem, sublinhando que o mercado precisa mesmo de carros eléctricos mais baratos. “Efectivamente, existe uma clara necessidade de modelos mais baratos”, apontou, citado pela Automotive News Europe.

Como é natural, para baixar os custos e tirar o máximo partido das sinergias, os eléctricos mais acessíveis da Stellantis deverão partilhar “órgãos” vitais, esperando-se que sejam ambos concebidos sobre a base que serve hoje o Peugeot e-208 e o Opel Corsa Electric, e montem um motor eléctrico de 136 cv, alimentado por uma bateria capaz de assegurar cerca de 400 quilómetros de autonomia.

Recorde-se que o futuro R5 deve oferecer potências entre 125 e 150 cv e dois packs de baterias (42 e 52 kWh), para um alcance entre recargas superior a 300 km com o acumulador de menor capacidade e de até 420 km com a bateria maior. Já os rivais da Volkswagen podem atingir os 226 cv e também eles variarão na capacidade da bateria, podendo no limite percorrer até 450 km com uma carga completa.

O Dacia Spring, que recentemente introduziu a versão Extreme (mais potente, com 65 cv), não vai além dos 224 km entre visitas ao posto de carregamento. Custa, entre nós, 22.050€.