No mercado europeu, a estratégia da Fiat para os próximos anos passa pela electrificação total. De acordo com o CEO da marca, Olivier François, a partir de 2027 a Fiat fabricará apenas veículos eléctricos para o mercado europeu, o que passa por uma renovação total da gama. Isto será conseguido com o lançamento de um “mini” eléctrico, em linha com o protótipo Centoventi que antecipou um utilitário a bateria, que muitos pensam vir a tornar-se num Panda EV. Mas este modelo não será o único EV a reforçar a gama nos próximos cinco anos.

Com o objectivo de fornecer veículos a bateria acessíveis, assumindo-se como uma espécie de “Tesla do povo”, a Fiat manterá o actual 500e, a que juntará o Panda EV e mais três SUV civilizados, igualmente eléctricos. Serão mais próximos de um estilo tipo crossover para serem mais altos do que um automóvel normal, alinhando assim pela moda actual, mas menos volumosos para não serem tão penalizados pelo peso e aerodinâmica, o que limita consumos e autonomia.

Gosta do Fiat 500e? Então, prepare-se para o Panda eléctrico

O primeiro novo eléctrico da Fiat a ver a luz do dia será o Panda EV – pode não ser esta a denominação oficial, mas sabe-se que não será Punto. Segundo a Autocar, chegará ao mercado em 2023 e será concebido sobre a base que serve hoje o Peugeot e-208 e o Opel Corsa-e, entre outros. Estranha-se esta opção, que apenas encontrará justificação caso seja impossível concebê-lo sobre a base do Fiat 500e, que possui uma plataforma específica e parece ser mais eficiente, mesmo se monta uma bateria mais pequena. Mas o recurso à plataforma CMP, originalmente PSA e agora Stellantis, poderá ficar a dever-se à necessidade de produzir igualmente versões com motores de combustão, pelo menos até 2027.

De acordo com o CEO, vão surgir mais surpresas na gama 500, juntamente com o novo 500X, que vai ser simultaneamente “mais chic e mais urbano”. Mas mais do que as novidades, o destaque vai para o novo fôlego proporcionado à popular marca italiana pela Stellantis e por Carlos Tavares, com Olivier François a realçar que vai lançar, nos próximos cinco anos, um novo modelo por ano e por região. Um ritmo que no passado, nos tempos da FCA, não teria sido possível.

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