A candidatura do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) às regionais na Madeira dedicou o 9.º dia da campanha eleitoral ao tema da saúde e alertou para o problema da violência obstétrica que originou 13 queixas na região.
A mensagem que hoje quisemos transmitir é no âmbito da saúde e dar a conhecer algumas das medidas do nosso programa, nomeadamente, o mais relacionado com a violência obstétrica”, disse a cabeça de lista do PAN às eleições do próximo domingo, Mónica Freitas.
A candidatura do PAN esteve esta sexta-feira no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, tendo uma equipa do partido estado no banco de sangue para fazer uma doação. Depois passaram pelo bairro social que existe em frente desta unidade de saúde para contactar com as pessoas e falar das propostas para resolver diversos problemas.
A candidata salientou que a violência obstétrica “é um tema que o PAN tem vindo a batalhar ao longo destes meses“.
Recebemos várias queixas [de mulheres] que passaram por certo tipo de procedimentos durante o parto, que foram negligência, e fizeram as respetivas queixas”, apontou Mónica Freitas, mencionando que chegaram ao partido 13 casos relacionados com este tipo de situações.
A cabeça de lista, que é assistente social de profissão e se estreia nas lides políticas e eleitorais nestas regionais, recordou que o PAN reuniu, em maio deste ano, com a secretaria regional da Saúde da Madeira no sentido de “averiguar o que estava a ser feito” para colmatar este problema.
Disseram-nos que haviam aberto um inquérito. Mas até hoje nunca tivemos resposta”, declarou.
Mónica Freitas realçou que a intenção da candidatura na iniciativa de esta sexta-feira é “também alertar um bocadinho para este tema, que não ficou esquecido pelo PAN“.
Inclusivamente, nas nossas medidas, temos a questão de humanizar este tipo de serviços, garantir que as grávidas tenham acompanhamento a tempo inteiro de uma pessoa de referência, atendendo à sensibilidade do momento e também a criação de um banco de leite materno” destacou.
Esta é a 4.ª vez que o PAN concorre a eleições legislativas regionais na Madeira. Na primeira vez a que se submeteu a votos, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de representação no parlamento regional.
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Às legislativas da Madeira de 24 de setembro concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.