O grupo islâmico Hamas lançou, na madrugada deste sábado, o que diz ser a “operação tempestade Al-Aqsa”. O braço armado do Hamas entrou em território israelita na fronteira com a Faixa de Gaza, envolveu-se em confrontos com as autoridades israelitas e lançou milhares de rockets. Em reação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência. Mais tarde, o chefe do executivo do país declarou que o país estava “em guerra”, Israel retaliou e atacou a Faixa de Gaza. 

Até ao momento, pelo menos 250 israelitas e 230 palestinianos morreram na sequência da operação militar, com os números a poderem subir nas próximas horas. Estes são outros dos desenvolvimentos da situação em Israel, que decretou o estado de emergência, e na Palestina:

  • As forças armadas de Israel ainda estão a travar combates com os militantes do Hamas em várias comunidades no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde os membros do grupo armado se infiltraram, provocando dezenas de mortos e feridos.
  • O grupo islâmico Hamas garante que vai lutar “até à vitória” e que não vai ceder tão cedo. “Isto não é uma simples operação. Isto é uma batalha total. Nós esperamos que os combatem prossigam e que a frente se expanda”, afirmou Saleh al-Arouri, um dos líderes do grupo à Al Jazeera.
  • O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um novo comunicado à nação onde prometeu “vingar” este “dia negro” para Israel. Netanyahu avisou ainda a população da Faixa de Gaza de que deve abandonar a região, indiciando que um ataque larga escala poderá estar em curso.
  • O número de vítimas mortais aumentou nos dois lados da contenda: morreram pelo menos 300 israelitas e 232 palestinianos. Há mais de 1.500 feridos de um lado e mais de 1.700 do outro. Seis pessoas morreram também na Cisjordânia, uma delas uma criança.
  • Um porta-voz das Forças Armadas de Israel confirmou que há civis e militares israelitas feitos reféns pelo Hamas em Gaza. Israel fala em “dezenas”, o Hamas diz que o número é “muito superior”.
  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avançou com a proposta aos partidos da oposição Yesh Atid e Unidade Nacional para que formem um governo de emergência nacional. As discussões ainda estão a decorrer.
  • As forças de manutenção de paz das Nações Unidas na região foram colocadas na zona da fronteira entre o Líbano e Israel, com o objetivo de “manter a estabilidade e ajudar a impedir uma escalada”.
  • O presidente de Israel, Isaac Herzog, apelou à comunidade internacional que se una na condenação dos ataques do Hamas contra Israel. O Chefe de Estado pede uma “condenação inequívoca do Hamas, dos seus aliados e dos seus apoiantes no Irão”.
  • Os Estados Unidos colocaram-se ao lado de Israel e garantem que vão trabalhar para que país “tenha o que precisa para se defender”. O Presidente Joe Biden foi taxativo: “Israel tem direito a defender-se e ao seu povo, ponto final. Não há justificação para o terrorismo.”
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Sameh Shoukry, confirmou que o governo do país está em conversações com a Arábia Saudita e a Jordânia numa tentativa de travar a guerra que se começa a desenhar na região. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, já falou com estes países árabes.
  • Um responsável da administração de Joe Biden falou entretanto a alguns jornalistas norte-americanos, sob anonimato, e disse que Washington não tem sinais de que o Irão esteja “diretamente envolvido” nesta operação do Hamas contra Israel.
  • O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, teve uma série de conversas telefónicas com líderes mundiais, em que responsabiliza o Estado de Israel pela violência vivida este sábado, apontando o “impasse político” e as “políticas colonialistas” de Israel.
  • O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que, de acordo com as informações “recolhidas até ao momento”, não há “portugueses diretamente afetados pelo ataque desta manhã em território israelita”.
  • A TAP decidiu cancelar os voos previstos para domingo e segunda-feira oriundos ou com destino para Telavive devido à situação que se vive em Israel.

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