Depois de se ter apresentado como candidato às primárias dos Democratas, Robert F. Kennedy Jr. disse esta segunda-feira que vai concorrer à presidência dos EUA como independente, avançou a Associated Press.

O advogado de 69 anos e ativista antivacina está desde abril a concorrer contra Joe Biden e conta com mais popularidade entre os republicanos do que entre os apoiantes do Partido Democrata.

O filho do senador Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-Presidente John F. Kennedy discursou esta segunda-feira em Filadélfia, declarando a sua “independência do Partido Democrata e de todos os outros partidos” e falando da sua “dor” por deixar o partido do tio e do pai.

“Estou aqui para me declarar candidato independente à presidência dos Estados Unidos. Estou aqui para me juntar a vós e fazer uma nova declaração de independência para toda a nossa nação”, disse, citado no The Guardian, atacando “Wall Street, as grandes empresas farmacêuticas, os empreiteiros militares e os meios de comunicação mercenários”.

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“Uma maré crescente de descontentamento está agora a inundar o nosso país. Há um perigo neste descontentamento, mas também há uma oportunidade e uma promessa“, acrescentou, no que poderia ser uma referência ao principal candidato republicano, Donald Trump.

“Parece que estamos a passar do desespero à raiva e de novo ao desespero. Este país está pronto para uma mudança que fará história. Estão prontos para reclamar a sua liberdade, a sua independência”, afirmou.

Robert F. Kennedy Jr. é conhecido pelas suas posições antivacinas, que lhe valeram críticas até dentro da própria família. O irmão, a irmã e uma sobrinha chegaram a publicar um artigo de opinião, no Politico, em 2019, em que o acusavam de fazer parte de uma campanha de desinformação e alertavam para as “consequências mortais” das suas declarações.

O advogado da área ambiental tem defendido que as vacinas não são seguras e feito ligações entre a vacinação e o autismo em crianças. Este género de posições antivacinas são defendidas por Robert F. Kennedy Jr. há 15 anos, mas foram intensificadas durante a pandemia.