Um tribunal russo ordenou, esta segunda-feira, o prolongamento “até 5 de dezembro” da detenção provisória da jornalista russo-norte-americana Alsu Kurmasheva, detida na semana passada, a segunda repórter dos EUA detida na Federação Russa.
Os dirigentes de Moscovo estão a realizar uma vasta campanha de repressão dos meios de comunicação independentes, organizações não governamentais, advogados e opositores desde que invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A jornalista foi detida na quarta-feira e é acusada pelo tribunal de falhas no registo de “agentes do estrangeiro”, quando está envolvida “na recolha intencional de informações sobre atividades militares”, que podem ser prejudiciais “na segurança da Rússia”.
Kurmasheva, que trabalha para o meio dos EUA Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL), arrisca até cinco anos de prisão. O dirigente da RFE/RL, Jeffrey Gedmin, apelou à “libertação imediata” da jornalista.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, declarou a “profunda inquietação” dos EUA a seu respeito.