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Cinco meses depois, um segundo dossiê com as palavras Aleksander Lukashenko volta a cair nas mãos do Tribunal Penal Internacional (TPI) com novas provas que poderão mostrar que está envolvido na deportação ilegal de crianças ucranianas para o país.
O nome do remetente também é o mesmo do dossiê apresentado em junho deste ano, que continha os dados de mais de 2.100 crianças de, pelo menos, 15 cidades ucranianas ocupadas pela Rússia. Trata-se de Pavel Latushka, o antigo ministro da Cultura e um ativista exilado, que garante que tem novas evidências que provam que Lukashenko, o aliado mais próximo de Putin desde a invasão, esteve envolvido nessas transferências.
Partilhámos provas adicionais que comprovam a participação direta de Lukashenko na deportação ilegal de crianças ucranianas para a Bielorrússia, enquanto líder do chamado Estado da União da Bielorrússia e da Rússia”, disse Pavel Latushka à Associated Press, citado pela SkyNews.
O ativista e opositor bielorrusso, que divulgou que as informações foram conseguidas através de “pessoas de dentro” da Bielorrússia, disse que o dossiê contém os dados pessoais de 37 crianças que foram ilegalmente enviadas para o país.
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O documento engloba “provas e atos anteriormente desconhecidos sobre o envolvimento de várias organizações bielorrussas e russas, bem como dos seus líderes e membros”, acrescentou.
O Presidente e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia ainda não comentaram a notícia.
No final de junho, Latushka disse ter apresentado materiais que podiam levar o TPI a emitir um mandado de prisão contra o líder da Bielorrússia, como fez com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Este não confirmou a receção das provas, mas disse também que é “obrigado a proteger a confidencialidade das informações recebidas”, afirmando ser habitual “não comentar essas comunicações”.
Oposição diz ter entregado provas que envolvem Lukaschenko na transferência forçada de crianças
Na altura, o ativista disse que as “crianças ucranianas que estavam sob a tutela do Estado ucraniano, incluindo órfãos, crianças com deficiência e aquelas cujos pais estavam privados dos seus direitos parentais, foram ilegalmente transferidas para território bielorrusso”.
As acusações de que Lukashenko estaria envolvido foram rejeitadas pelo próprio, que ainda acrescentou que tais declarações eram uma “loucura”, visto que o país até já tinha acolhido temporariamente crianças para as ajudar a recuperar dos traumas da guerra.