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Dois dos 33 bebés prematuros que deviam ser retirados do hospital de al-Shifa, em Gaza, morreram na noite anterior à operação de transferência, anunciou terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Infelizmente, (…) dois destes bebés prematuros morreram nessa noite devido à falta de cuidados”, declarou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, numa conferência de imprensa em Genebra.

Dos 33 bebés prematuros, três continuam internados no hospital Emirates, no sul de Gaza, segundo o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, citado pela agência francesa AFP.

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Os bebés prematuros de al-Shifa deviam ter sido retirados do maior hospital da Faixa de Gaza no domingo.

Nesse dia, chegaram do hospital de al-Shifa e fizeram uma paragem no hospital Emirates, onde ficaram os três que ali continuam internados.

Os 28 que puderam continuar a viagem chegaram ao Egito na segunda-feira através da passagem de Rafah, a única saída de Gaza que não é controlada por Israel.

Falando por videoconferência a partir do Cairo, o porta-voz da Unicef disse que 20 dos 28 bebés transferidos para o Egito viajavam sem as mães.

“Sete mães acompanharam oito bebés”, disse, acrescentando que dois dos bebés eram gémeos.

O exército israelita afirmou ter “ajudado a facilitar” a transferência dos bebés de al-Shifa no domingo.

O exército israelita, em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza, lançou um ataque a al-Shifa na semana passada, alegando que o hospital albergava uma base do movimento islamista palestiniano.

O Hamas negou as alegações do exército israelita.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, sobretudo civis, segundo as autoridades.

O exército israelita calcula igualmente que o Hamas raptou cerca de 240 pessoas que mantém como reféns em Gaza.

Na Faixa de Gaza, mais de 13.300 pessoas foram mortas pelos bombardeamentos israelitas, incluindo mais de 5.600 crianças, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.