A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, manifestou esta sexta-feira preocupação com as consequências para a saúde pública do condicionamento de muitos serviços de urgência no país.

“Preocupa-nos sempre, mas aquilo que é fundamental é que estejam elencadas algumas daquelas que são as respostas para dar face a estes constrangimentos”, afirmou Rita Sá Machado quando questionada se o condicionamento de muitos serviços de urgência por todo o país poderá agravar a situação de saúde pública.

Rita Sá Machado, que tomou posse no dia 1 de novembro, falava à margem da apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde (Referencial Técnico Inverno 2023) da Direção-Geral da Saúde, em Pombal, no distrito de Leiria.

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“Eu estou preocupada com aquilo que é a nossa resposta sempre habitual ao inverno. Por isso mesmo, é que nós, todos os anos, elaboramos este Plano de Contingência, que nos permite, de alguma forma, prepararmo-nos para o inverno e depois também elencar algumas medidas de resposta”, declarou.

A este propósito realçou que “o Referencial de Saúde Sazonal engloba, não só a Direção-Geral da Saúde, mas também outros parceiros, incluindo a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, que tem essa responsabilidade no âmbito daquilo que são a prestação de cuidados de saúde”.

Sobre os dados esta sexta-feira divulgados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge segundo os quais os hospitais notificaram 13.706 casos de infeção respiratória e 502 casos de gripe desde 2 de outubro, apontando uma tendência crescente de gripe e infeções pelo vírus sincicial respiratório, esta responsável salientou que estes são dados que a DGS tem “monitorizado ao longo destes meses, também enquadrados neste Plano de Contingência”.

“Neste momento, as temperaturas estão a descer, como é habitual, como nós estávamos à espera de que elas acontecessem e, por isso mesmo, começa também a haver aqui aquilo que é normal para a época do ano, um aumento da atividade gripal”, afirmou.

Rita Sá Machado garantiu que “as medidas de saúde pública estão a ser implementadas não só a nível nacional, mas também regional e local”, além de que “continua a monitorização e vigilância do vírus”.

O plano tem quatro grandes áreas: sistema de vigilância e monitorização, proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade, a acessibilidade, organização e prestação de cuidados de saúde, e a literacia em saúde.