Apoiantes do movimento ambientalista Climáximo pintaram a fachada do hotel Marriott com tinta vermelha, em Lisboa, onde, na manhã desta terça-feira, decorria uma sessão da Eurogas, uma associação composta por empresas de gás fóssil, que discutia o papel dos gases renováveis.
Num comunicado enviado ao Observador, os ativistas defendem que “a sociedade não pode delegar a tarefa urgente e existencial de cortar emissões para as empresas culpadas, que lucram com esta crise”.
Mariana Rodrigues, porta-voz do Climáximo, acusa as empresas que fazem parte da Eurogas de serem “culpadas pela morte de milhões de pessoas, segundo as últimas investigações sobre mortalidade da crise climática”.
No hotel, que confirmou ao Observador que a conferência não chegou a ser interrompida pelos protestos, a jovem afirmou que “nenhuma empresa tem planos para reduzir a sua produção de gás fóssil, e vendem-nos falsas promessas de ‘transição’ como o hidrogénio, que não está associado a qualquer corte de emissões”.
No mesmo comunicado, a Climáximo dá conta de uma manifestação, marcada para dia 9, às 14h00 no Saldanha, em Lisboa, cujo objetivo é “montar uma assembleia onde se defina popularmente as prioridades do movimento por justiça climática para o ano de 2024”.