A popularidade do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estará a ser chamuscada por fatores como a crise política e a antecipação das eleições legislativas. Segundo uma sondagem da Aximage, para DN, JN e TSF, Marcelo continua a ter um saldo positivo entre apreciações positivas e negativas mas esse saldo agora é de apenas quatro pontos percentuais – uma diferença que, no pico da popularidade do Presidente da República, chegou a ser superior a 60 pontos.

É o saldo de popularidade mais baixo para Marcelo nos últimos três anos, um nível a que se chegou depois de ter iniciado uma rota descendente a partir de abril do ano passado, acentuando-se até abril deste ano. Esta sondagem foi realizada nas últimas semanas de novembro.

De acordo com a sondagem, a diferença está na mudança de opinião de muitos que normalmente votam no PS. Se dantes eram dos maiores apoiantes de Marcelo, essa perspetiva mudou e, neste barómetro, fazem uma avaliação mais negativa em relação a Marcelo. Em sentido contrário, entre os eleitores mais fiéis ao PSD, aumentaram as avaliações positivas. É graças a esta subida entre os eleitores mais à direita que Marcelo se salva de ter um saldo negativo.

Na análise por grupos etários também houve mudanças. Até outubro, os dois escalões com idade mais avançada estavam quase sempre entre os maiores apoiantes de Marcelo. Porém, agora, no caso dos que têm 65 anos ou mais, o saldo passa a negativo. Os mais jovens, que normalmente têm, em média, uma avaliação mais neutra do Presidente mas o saldo nessa faixa etária passou para terreno positivo.

O estudo de opinião revela, também, que o Presidente da República continua a ter maior popularidade entre os eleitores do sexo feminino. A avaliação entre os homens já é negativa para Marcelo Rebelo de Sousa.

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