Um avião da Japan Airlines que levava quase 400 pessoas a bordo incendiou-se na pista do Aeroporto Internacional de Tóquio, em Haneda. Todas as pessoas que seguiam a bordo do avião comercial saíram em segurança e morreram cinco dos seis ocupantes do avião da Guarda Costeira que esteve envolvido no acidente.
O voo no Airbus A350 partiu do Aeroporto New Chitose, de Hokkaido, no Japão, com 367 passageiros e 12 membros da tripulação e quando aterrou na pista do aeroporto de Tóquio, em Haneda, colidiu com uma aeronave da Guarda Costeira do Japão. As chamas surgiram de imediato, seguiu-se uma explosão e o avião ardeu por completo.
A Japanese Airlines plane seems to have caught fire after crash landing at Haneda Airport
@RadaBoxCom
— Flight Emergency (@FlightEmergency) January 2, 2024
As cinco pessoas que seguiam a bordo do avião da Guarda Costeira com o qual o Airbus A350 colidiu na pista do aeroporto, morreram, confirmou a polícia à NHK. O comandante desta aeronave foi encontrado vivo, mas está gravemente ferido. Quanto aos 379 passageiros e tripulantes que saíram do avião comercial, pelo menos 17 sofreram ferimentos leves.
Segundo a Reuters, o avião da Guarda Costeira seguia para o aeroporto de Niigata para entregar ajuda humanitária às vítimas do sismo de magnitude de 7.6 que atingiu a zona costeira de Ishikawa, esta segunda-feira, e que, até ao momento, já provocou 48 mortos.
O avião da Airbus esteve mais de duas horas em chamas na pista do Aeroporto Internacional de Tóquio, que se encontra com todos os voos suspensos. De acordo com o Reuters, o ministro japonês dos Transportes revelou, em conferência de imprensa, que as pistas do aeroporto devem abrir “até amanhã ou mesmo hoje”.
URGENT:-????-Japan Airlines aircraft collided with coast guard plane causing fire. Passengers spotted escaping from burning plane#Japan #Tokyo #Fire #airlines pic.twitter.com/0qUqJkvw6d
— EUROPE CENTRAL (@europecentrral) January 2, 2024
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deu ordens para que sejam feitos todos os esforços para que se investigue a colisão que ocorreu no aeroporto de Haneda, em Tóquio. O responsável comprometeu-se a fornecer publicamente informações sobre o acidente.
A Airbus, fabricante do avião comercial que ardeu após a colisão e que se manteve em com a companhia aérea Japan Airlines, anunciou o envio de uma equipa de especialistas para participar nas investigações. Em comunicado, o construtor aeronáutico europeu explicou que esses especialistas ajudarão as autoridades encarregadas da investigação sobre o acidente, a Comissão de Segurança nos Transportes do Japão (JTSB) e o Gabinete de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil de França (BEA).
O fabricante europeu indicou que, por enquanto, não são conhecidas as circunstâncias exatas do que aconteceu. A Airbus tinha entregado ao Japão esse A350, registado com o número JA13XJ, a 10 de novembro de 2021, ao sair da linha de montagem. Os seus motores são reatores do tipo Trent XWV da Rolls-Royce.
Nas redes sociais circulam imagens do momento do embate e da explosão, dos passageiros no interior e a abandonarem o local através da manga do avião:
#BREAKING: New footage from inside Japan Airlines plane shows fire | @6NewsAU pic.twitter.com/crwFFwrmyi
— Leonardo Puglisi (@Leo_Puglisi6) January 2, 2024
All roughly 400 of the Crew and Passengers aboard Japan Airlines, Flight JL516 are reported to have been Evacuated on the Runway before the Plane was Fully Engulfed by the Flames, with Recovery Operations still ongoing for the Crew of the Japanese Coast Guard Aircraft. pic.twitter.com/WtlESO6JTP
— OSINTdefender (@sentdefender) January 2, 2024
Breaking: Following reports of an accident at Tokyo Haneda airport involving a Japan Airlines Airbus A350-900 on fire after and a suspected collision with a coast guard aircraft. pic.twitter.com/VjVyJNFufK
— Alex Macheras (@AlexInAir) January 2, 2024
O ex-comandante da TAP, José Correia Guedes, elogia, em declarações ao Observador, o profissionalismo de toda a tripulação, sublinhando que “conseguiram por toda a gente cá fora em segundos”, mas considera “anormal” a colisão dos dois aviões na pista e aponta para “erro humano”.