Várias centenas de pessoas juntaram-se este sábado na Praça do Rossio, em Lisboa, para assinalar os dois anos desde o início da invasão russa à Ucrânia e para pedir que este conflito não seja esquecido. Por inúmeras vezes ouviram-se palavras de ordem, como “Slava Ukraini” [Glória à Ucrânia], e agradecimentos a Portugal pelo apoio dado a Kiev desde o início da guerra: “Obrigado, Portugal. Por tudo”.

No Rossio houve intervenções da embaixadora da Ucrânia em Portugal, do jogador do Benfica Anatoliy Trubin, ucraniano, e dos vários partidos com representação parlamentar.

Empunhando vários cartazes, nos quais se podia ler “O único caminho para a paz — vitória da Ucrânia” ou “Por um amanhã sem guerra. Juntos pela Ucrânia”, os manifestantes marcharam até à Câmara de Lisboa, numa iniciativa organizada pela Embaixada da Ucrânia em Lisboa e pela Associação dos Ucranianos em Portugal.

Na Praça do Município, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, agradeceu a presença dos ucranianos nesta vigília. “Não podemos esquecer o vosso povo”, referiu.

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Entre bandeiras da Ucrânia e também algumas de Portugal e da União Europeia, as centenas de pessoas apelaram a “uma vitória justa”, além de terem entoado os hinos dos dois países.

“Hoje começamos a nossa manifestação em Lisboa e outras cidades com uma palavra de ‘obrigado, Portugal’. Isto não são só palavras, significa que Portugal foi um exemplo [na forma] como acolheu e ajudou os ucranianos que necessitam a sobreviverem de um genocídio”, disse à Lusa o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.

Pavlo Sadokha frisou que esta iniciativa pretendeu “em primeiro lugar agradecer a todos que ajudaram a Ucrânia” e destacou as declarações dos “representantes mais altos do povo português”, como o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República.

O responsável destacou o processo de acolhimento dos ucranianos em Portugal, que “correu muito bem” nestes dois anos, e deu conta de que “não há dados concretos sobre quantos ucranianos regressaram à Ucrânia”, estimando-se que entre 1.500 e 2.000 tenham voltado ao país, ainda em guerra.

O responsável sustentou que os ucranianos vão “continuar até uma vitória justa para a Ucrânia” e frisou que o Governo “já disse o que é preciso para defender” o país.

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