Após partilhas nas redes sociais e declarações de André Ventura sobre a possibilidade de os resultados eleitorais serem desvirtuados devido a alegações de anulação de votos, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante “que o voto de cada cidadão vai contar exatamente como ele escolheu”.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, a CNE explica que “as mesas de voto são compostas por cidadãos indicados por todos os partidos ou coligações que concorrem” às eleições legislativas e que “intervém sempre que tenha conhecimento de situações em que não esteja garantida a pluralidade na composição” das mesmas.

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“Cada candidatura tem ainda o direito de nomear um delegado para fiscalizar os trabalhos das mesas”, esclarece a Comissão Nacional de Eleições, acrescentando que o sistema eleitoral português se caracteriza “por uma ampla participação dos partidos e dos cidadãos”, que é a “maior garantia da integridade e justiça de cada eleição”. “Estas características constituem a razão última para que, nos 50 anos vividos em democracia, nenhum resultado eleitoral tenha sido globalmente contestado. E, até onde se pode antecipar, não se conhece razão para que, hoje, seja diferente.”

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O comunicado da CNE (que não refere o Chega) surge após, nos últimos dias, André Ventura ter mostrado publicações feitas na rede social X, antigo Twitter, por utilizadores que se identificavam como sendo do Livre e do BE e que escreviam que iriam estar nas mesas de voto e que “todos os votos da AD e do Chega serão nulos”. Os dois partidos já reagiram e disseram que os autores dessas frases estão fora das mesas de voto.

Livre diz que membro citado por Ventura não está indicado para mesas de voto