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No último discurso, Ventura queixa-se de "maior ataque de sempre a um partido político" e apela a que os jovens vão votar

Este artigo tem mais de 6 meses

A chuva não travou o encerramento de campanha do Chega pelas ruas do Chiado. Quim Barreiros cantou, Ventura pediu aos jovens que não fiquem em casa e espera ser "o mestre da culinária" no domingo.

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LUSA

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A chuva não deu tréguas durante a arruada do Chega, mas André Ventura também não poupou nas palavras naquela que foi a última ação de campanha antes das eleições de 10 de março, onde disse que o Chega foi alvo do “maior ataque de sempre a um partido político numa campanha eleitoral de todas as instituições, de todos os partidos e hoje do próprio Presidente da República”.

Partiu do Largo de Camões e dirigiu-se até à Praça do Município, em marcha apressada e molhada, e com o intuito de transportar todos os apoiantes para o camião-palco que ali estava montado para receber Quim Barreiros e o discurso final de André Ventura. A chuva não parou, e as dezenas de militantes foram-se mantendo, às vezes com mais convicção, outras em fugas para abrigos — foi o que aconteceu quando, à segunda música de Quim Barreiros, um aguaceiro mais forte levou à fuga de toda a gente e à interrupção.

Viria a recomeçar minutos depois para voltar a ser interrompido, desta vez por André Ventura, que estava ali para, “a levar com chuva na cara” e mostrar-se esperançoso numa “vitória” no domingo. Antes, o deu conta daquilo que considera “o maior ataque de sempre a um partido político numa campanha eleitoral” e , neste seguimento, reagiu à manchete do Expresso (“Marcelo tudo fará para evitar Chega no governo”) e criticou Marcelo Rebelo de Sousa: “É inadmissível que alguém queira dizer aos portugueses que um partido nunca governará, o partido votará se os portugueses quiserem.”

Durante a arruada, já tinha deixado uma ideia idêntica para sublinhar que, “das duas uma: ou é um mau jornalismo, ou o Presidente da República a meter-se na campanha das legislativas, e quando estamos a dois dias de escolher um governo, dizer que não quer o Chega no governo, é um ato muito pouco democrático que eu espero que os portugueses respondam no domingo de forma massiva.”

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Ao som de gritos de força de quem ali se mantinha debaixo de guarda-chuvas, o presidente do Chega recuperou em poucos minutos a narrativa que usou durante toda a campanha, ao garantir que “todos estão a proteger o pior que o sistema teve ao longo de 50 anos e a corrupção que inundou os dois principais partidos políticos”, acrescentando que se trata da “corrupção que destruiu os alicerces da nação”.

Atacou Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro de terem passado a campanha “a debater entre si qual deles foi pior político do que o outro” e resumiu para dizer que “esses dois, que agora dizem que são alternativa um ao outro, não são mais do que a mesma moeda que [o Chega tem] de combater: ao PS não pode suceder o PSD”, realçou o líder do Chega, que garantiu que “mudança” só com o partido que lidera.

E se aquele era o derradeiro momento para o combate ao voto útil e já depois de à hora de almoço se ter focado nas mulheres, Ventura dirigiu-se aos jovens que, frisou, “sabem que os governos que os levaram a emigrar, aos baixos salários e aos avós a terem pensões miseráveis nunca foram do Chega, mas dos dois partidos que há anos atrofiam Portugal”.

“Esses jovens olham para nós como a última esperança deste país e tenho de vos pedir: jovens de Portugal, no domingo saiam de casa e votem para que o futuro seja decidido por vocês e não por mais ninguém”, apelou o líder do Chega, sublinhando que “não votar é deixar os outros decidir sobre o futuro”. E falou diretamente para esses jovens, dizendo que “é tempo de pegarem em Portugal pela própria mão” para decidirem “o próprio destino”, enquanto deixou uma garantia: “Isso só se faz com uma arma, a arma do voto” — até porque ao longo da campanha foi reconhecendo que a faixa etária mais jovem que tem surgido a apoiar o Chega nem sempre vai votar.

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Alto e bom som, André Ventura deixou ainda recados: “Nós seremos o muro de betão que não os deixará passar para a indecência, seremos o muro de betão da democracia, da liberdade e contra a corrupção que marcou o país”, afirmou, enumerando aqueles que quis conquistar ao longo da campanha numa espécie de sprint final: “Não esqueceremos os jovens, mas também não esqueceremos os ex-combatentes, as forças de segurança, os professores, os médicos e enfermeiros e aqueles que a quem o governo socialista virou as costas.”

Na comitiva atirava-se que arruada molhada é arruada abençoada. Pelo sim, pelo não, André Ventura preferiu não arriscar e sair à rua no último dia da campanha, até porque, ao lado de Quim Barreiros, ambiciona que no domingo seja o Chega o “mestre da culinária” daquele que pode ser um difícil cenário governativo.

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