O Chega classificou esta terça-feira como uma “retaliação” aos resultados eleitorais de domingo o ato de vandalismo na sede do partido no Porto, que esta madrugada foi grafitada com várias frases de contestação.

Segundo avançou em primeira mão o Jornal de Notícias, na porta do edifício, situada na Rua do Bom Sucesso, foram inscritas várias frases, entre as quais “Chega, fora”, “25 de abril vive” e “Não passarão”.

Em declarações à Lusa, Rui Afonso, presidente da Comissão Política Distrital do Porto do Chega, adiantou que tudo se terá passado na madrugada desta terça-feira, tendo o partido já apresentado formalmente uma queixa junto da PSP e iniciado os procedimentos para a rápida limpeza do local.

“Acreditamos que tenha sido um ato de retaliação face aos excelentes resultados que conseguidos obter no passado dia 10 de março”, afirmou o deputado reeleito, no domingo, pelo círculo do Porto, sublinhando que estas eleições representaram uma “derrota completa da extrema-esquerda”.

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Para Rui Afonso, o ato de vandalismo que foi cometido contra a porta do edifício onde está situada a sede do partido e contra uma outra moradia próxima “não cabe num país democrático” onde os resultados eleitorais devem ser respeitados.

“Isto é que são ações de forças antidemocráticas que não aceitam o voto, nem os resultados eleitorais e que usam esse tipo de ações de ódio como retaliação”, defendeu.

Admitindo como possibilidade que os atos de vandalismo possam ter sido cometidos por forças ligadas à extrema-esquerda, o deputado espera agora que as autoridades policiais possam esclarecer cabalmente o que se passou na madrugada de hoje e encontrar os responsáveis por este “ato de ódio”.

Contactada pela Lusa, a PSP confirmou que foi formalizada uma queixa relacionada com os atos de vandalismo na sede do Chega no Porto.

Nas legislativas de domingo, o Chega quadruplicou o número de deputados eleitos face a 2022, ultrapassando a fasquia de um quinto dos deputados (18% dos votos).

À semelhança do que já tinha acontecido nas últimas eleições o partido ficou, contudo, aquém dos resultados nacionais no distrito e no concelho do Porto, onde conquistou respetivamente 15,33% e 9,99% dos votos.

Ao nível nacional, o crescimento de 12 para 48 deputados abre ao partido liderado por André Ventura mais possibilidades de ação, como poder recorrer ao Tribunal Constitucional para pedir a fiscalização de constitucionalidade de leis.

Este número permite ainda ao partido impor a constituição de comissões parlamentares de inquérito ou requerer a fiscalização da constitucionalidade de leis.