O embaixador do Vaticano em Timor-Leste, Marco Sprizzi, afirmou esta quarta-feira que a preparação de uma possível visita do Papa Francisco ao país está em “fase avançada”, mas que a data ainda não é conhecida.
“Ainda não podemos comunicar a data. Estamos a trabalhar com uma data, mas a comunicação oficial será feita no momento. Que o povo de Timor-Leste tenha esse entusiasmo, porque estamos a trabalhar para a visita do Santo Padre”, afirmou Marco Sprizzi.
O diplomata falava aos jornalistas após um encontro com o Presidente timorense, José Ramos-Horta, no Palácio da Presidência, em Díli.
“Estamos numa fase avançada de preparação da possível visita, como digo sempre”, disse o embaixador, salientando que o encontro com o chefe de Estado serviu para trocar informações não só sobre a deslocação do Papa a Timor-Leste, mas também sobre o trabalho da Igreja Católica no país.
Sobre a cooperação bilateral, Marco Sprizzi disse aos jornalistas ter ouvidos “alguns comentários sobre o dinheiro que o Estado destina à igreja” e esclareceu que os projetos são divulgados, nomeadamente no setor da educação e na área social, de “maneira transparente”.
“Há relatórios financeiros sobre cada projeto. Dinheiro, é dinheiro do povo, a igreja é responsabilizada a usá-lo para projetos para o povo, a sociedade”, precisou.
O Governo de Timor-Leste autorizou, em fevereiro, uma despesa de 12 milhões de dólares (10,9 milhões de euros) para organizar as atividades de preparação da visita do Papa Francisco a Timor-Leste.
As autoridades timorenses autorizaram também, em fevereiro, uma despesa de 15 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) para a concessão de uma subvenção anual à Conferência Episcopal Timorense, para ser executada ao longo de 2024.
A subvenção anual foi estabelecida pelo acordo entre Timor-Leste e a Santa Sé, assinado em 2015, e pelo acordo-quadro assinado em 2017 entre o Governo e a Conferência Episcopal Timorense e visa apoiar atividades sociais e educativas.