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O Comité Olímpico Internacional (COI) acusou esta quarta-feira o governo russo de descer “ainda mais baixo”, depois de Moscovo acusar a organização de descer “ao racismo e neonazismo” nas restrições impostas para Paris2024.

“Isto vai para lá do aceitável. Ao ligar o presidente [Thomas Bach], a sua nacionalidade [a alemã] e o Holocausto, [Moscovo] desce ainda mais baixo. É tudo o que temos para dizer”, rematou o porta-voz, Mark Adams.

Na conferência de imprensa após reunião do Conselho Executivo, o próprio presidente declinou comentar as críticas de que foi alvo, remetendo para o porta-voz por serem questões “extremamente agressivas e muito pessoais”.

O Kremlin reagia à oposição do COI aos Jogos da Amizade, uma nova competição planeada pelos russos para setembro, e o afastamento dos russos e bielorrussos que compitam em Paris2024 sob bandeira neutra do desfile da cerimónia de abertura.

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Rússia “escandalizada” com decisões “ilegais, injustas e inaceitáveis” do COI

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, colocou o COI “longe dos seus princípios declarados e nas mãos do racismo e neonazismo“, acusando-os ainda de intimidar atletas que queiram participar nos Jogos da Amizade.

“As pessoas estão fartas de todo este ódio, agressão, das notícias extremamente negativas. Os seus corações pedem uma mensagem positiva, algo que seja unificador e que lhes dê esperança em tempos tão negros”, comentou Bach, ainda antes de ser questionado sobre a Rússia.

Thomas Bach deu uma conferência de imprensa em que apresentou a “plena confiança” na segurança de Paris2024 e nos eventos de teste até aqui realizados e considerou “mera especulação” o afastamento de Brisbane da organização dos Jogos de 2032.