Mais de uma centena de pessoas foram este domingo retiradas das suas casas em França e um praticante de canoagem está desaparecido, após fortes inundações de rios no centro-oeste do país.

“Infelizmente, que eu saiba, há uma pessoa desaparecida. Alguém que estava a praticar canoagem num dos rios”, explicou este domingo o ministro francês da Administração Interna, Gérald Darmanin, citado pela AFP, referindo-se à situação durante uma viagem a Pontoise não relacionada com as inundações.

Segundo as autoridades, o “desaparecimento” do canoísta foi relatado no sábado, por volta das 16:00 locais (15:00 em Lisboa), a 10 quilómetros de Limoges (centro-oeste), por várias testemunhas que o viram “em dificuldade” no Rio Viena.

Um pouco mais a norte, no departamento de Indre-et-Loire, 107 pessoas, incluindo 73 residentes de um lar de idosos nas margens do mesmo rio, foram retiradas.

Neste departamento, o rio deverá ultrapassar os níveis de 1923 na aldeia de Descartes e de 1982 na de Nouâtre, segundo as autoridades.

Noutro rio deste departamento, o Creuse, o presidente da Câmara de Indre-et-Loire arriscou dizer que talvez possa ser a maior cheia dos últimos 100 anos.

Já no departamento de Vienne, vizinho de Indre-et-Loire ao sul, cerca de cinquenta pessoas foram retiradas, segundo as autoridades.

“Nunca vi algo assim, para mim é a enchente do século”, disse à AFP Olivier Jean-Louis em frente ao autódromo de Roche-Posay, uma cidade com 1.500 habitantes.

Segundo as autoridades, o rio Creuse atingiu 6,78 metros nesta cidade, superando a cheia histórica de 1982.

O rio deverá voltar a subir durante o dia e aproximar-se do recorde de 1896, segundo um técnico da entidade oficial de monitorização de cheias em França.

O rio atingiu o topo dos sinais de trânsito nas estradas que levam a La Roche Posay na manhã de domingo, observou um fotógrafo da AFP.

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