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Por “razões estratégicas” Israel não deverá confirmá-lo oficialmente, mas Telavive terá esta madrugada dado uma primeira resposta ao ataque iraniano do último fim de semana. Foi um ataque com drones (sem recorrer a artilharia pesada) que foi considerado de dimensão “limitada” por fontes israelitas e norte-americanas. Serviu apenas, acrescentam essas fontes, para Israel “avisar” que consegue atingir o Irão sem, com isso, estar a alimentar uma escalada ainda maior das tensões.

Além da região de Isfahan, no centro do Irão, foram ouvidas explosões também em Tabriz, a cerca de 800 quilómetros a norte de Isfahan. O Irão garante que ataque foi neutralizado sem causar quaisquer vítimas ou danos de maior.

A informação que existe é que terão sido usados drones que se admite poderem ter sido lançados a partir do interior do Irão e tiveram como alvo instalações militares iranianas. As fontes iranianas que se referiram ao incidente garantem que foram apenas alguns drones e que os seus sistemas de defesa não detetaram quaisquer aeronaves a entrarem no espaço aéreo iraniano.

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“Se Israel ficasse parado era sinal de fraqueza”

O ataque não causou quaisquer danos nas infraestruturas nucleares que existem na região de Isfahan, confirmou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Israel terá querido, apenas, enviar “um aviso” ao Irão, de que é capaz de atingir o país – mas fazer isso sem alimentar ainda mais uma escalada das tensões. Não é expectável que Telavive venha a confirmar a autoria desta iniciativa.

O Irão, também através de fontes anónimas da hierarquia de Teerão, não tem “planos imediatos” de retaliação, colocando em causa a ideia de que houve um ataque vindo do exterior. “A análise pende, mais, para um caso de infiltração” e um ataque promovido a partir do interior do país, diz a mesma fonte.

Os EUA foram avisados previamente de que Israel iria fazer algo nas horas seguintes mas não terão dado qualquer apoio ao ataque, segundo órgãos de comunicação como a Reuters e a BBC.

No momento em que foram ouvidas as explosões, ainda de madrugada, a aviação civil desviou rotas para evitar aquela hora, de acordo com os serviços de monitorização online de voos. Porém, poucas horas depois, a agência de aviação iraniana levantou todas as restrições aos voos.

Na televisão pública iraniana, um repórter descreve a absoluta calma que se vive naquela região, com as pessoas a movimentarem-se normalmente. “A cidade denota uma absoluta tranquilidade, as pessoas estão a fazer a sua vida com normalidade”, diz o repórter.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, o polémico Ben Gvir, criticou a resposta israelita escrevendo na X uma palavra apenas: “fraquinho”.