As grandes provas internacionais têm um modelo diferente em relação a Grand Slams e Grande Prémios de judo. Expliquemos: nos Jogos Olímpicos ou em Campeonatos do Mundo, existe um maior espaçamento de categorias, com uma por dia no masculino e no feminino que permite que as atenções possam estar menos dispersas entre tatamis durante a competição. Assim, e nas restantes, acompanhar os atletas nacionais é um exercício de “agrupamentos”. No primeiro dia a apontar para nomes como Catarina Costa, Maria Siderot ou Telma Monteiro, no segundo para Bárbara Timo, João Fernando e Joana Crisóstomo, no terceiro para Jorge Fonseca, Patrícia Sampaio ou Rochele Nunes. Agora, há outro nome ao qual ninguém pode fugir.
???? OURO ????!
???? Taís Pina 1️⃣.ª classificada no Grand Slam de Astana, no Cazaquistão, com vitória por "ippon" na final de -70 kg ????????
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— Comité Olímpico de Portugal (COP) (@COPPORTUGAL) May 11, 2024
Taís Pina tem apenas 19 anos e toda uma carreira pela frente mas tem vindo a mostrar em 2024 que promete ser uma figura potencialmente candidata a várias medalhas no plano internacional. Até aqui, num ano em que começou fora do top 50 do ranking mundial de -70kg (agora ocupa a 36.ª posição mas com tendência para continuar a escalar lugares), a jovem nascida na Amadora ganhou a medalha de prata no Grand Slam de Antália depois de um surpreendente quinto lugar no Grand Slam de Paris e deu continuidade a um ano de 2023 que teve como ponto alto o bronze nos Europeus Sub-23. Este sábado, deu mais um passo.
“Pelo trabalho que desenvolvemos, pela dedicação da Taís Pina, estes resultados não são novidade. Esteve um ano parada, em 2022, depois de sair da Escola de Judo Nuno Delgado [não podia inscrever-se noutro clube], mas em 2023 teve um ano muito bom, com quatro medalhas nos juniores e bronze no Euro Sub-23. Os objetivos da Taís estão direcionados para os Jogos-2028 [em Los Angeles], mas se lhe forem dadas oportunidades no circuito FIJ e se ela conseguir bons resultados, pois ainda faltam muitas provas de qualificação, não descuramos que ela marque presença em Paris-2024, naquele que será o seu último ano como júnior”, tinha destacado em fevereiro Pedro Jacinto, treinador e coordenador do Algés.
A judoca portuguesa Taís Pina venceu o Grand Slam do Cazaquistão (-70kg), ao derrotar na final, por ippon, a croata Lara Cvjetko. A 36ª do ranking mundial venceu a 6ª classificada, num excelente ensaio antes dos Mundiais de Abu Dhabi.
Parabéns, Taís! ????????????????????
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Depois de um primeiro dia em que Maria Siderot tinha sido a melhor representante portuguesa no Grand Slam de Astana, com um quinto lugar em -52kg, Taís Pina, que representa o Sport Algés e Dafundo, esteve em destaque com a chegada a mais uma final de uma prova internacional e com a primeira vitória depois de um ippon fantástico na decisão com a croata Lara Cvjetko, sexta melhor no ranking de -70kg.
Taís começou por derrotar na fase preliminar Yu-Jung Liao, de China Taipé (48.ª do ranking), vencendo logo de seguida a eslovena Anka Pogacnik (17.ª) e a italiana Kim Polling (20.ª). Nas meias-finais, a judoca portuguesa ganhou à britânica Katie-Jemima Yeats-Brown, também com um ranking superior (22.º).