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O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou esta terça-feira o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de ser “cúmplice do genocídio judeu” por reconhecer o Estado palestiniano.

“O presidente ‘@sanchezcastejon’ — ao não despedir ‘@yolanda_diaz’ — e ao anunciar o reconhecimento do Estado palestiniano — é cúmplice do incitamento ao assassinato do povo judeu e de crimes de guerra”, escreveu esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, nas redes sociais, que também associou a mensagem à conta do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo.

Katz acrescentou que o chefe do Governo espanhol deveria ter demitido a vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, por ter afirmado que “a Palestina será livre ‘do rio (Jordão) ao mar'”.

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O Governo de Espanha vai reconhecer esta terça-feira formalmente a Palestina como Estado e prevê-se que a República da Irlanda e a Noruega façam o mesmo, como anunciaram os três países na semana passada.

Na mesma mensagem publicada esta terça-feira nas redes sociais — em castelhano e hebraico —, Katz acusou Díaz de pretender a eliminação de Israel e a criação de um “Estado terrorista” palestiniano, comparando a vice-presidente do Executivo espanhol ao líder supremo iraniano Ali Khamenei e ao dirigente do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.

Mais tarde, Yolanda Díaz esclareceu que quando afirmou que “a Palestina será livre do ‘rio ao mar'” queria dizer que os dois Estados — Israel e Palestina —, deveriam “partilhar um futuro de paz e prosperidade”.

O esclarecimento de Díaz ocorreu depois de a embaixadora israelita em Madrid, Radica Radian-Gordon, a ter acusado de utilizar “uma palavra de ordem do Hamas”.

Pedro Sánchez manifestou esta terça-feira vontade em manter “as melhores relações possíveis” com Israel, apesar do reconhecimento da Palestina como Estado por parte de Espanha.

Por outro lado, Sánchez expressou rejeição “categórica” do Hamas, que, frisou, não está comprometido com a solução de dois Estados.

Na sexta-feira, Israel anunciou que vai impedir a prestação de serviços a palestinianos pelo consulado de Espanha em Jerusalém, que na prática funciona como uma embaixada para residentes na Cisjordânia, prestando serviços consulares e assumindo as relações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestiniana.

Na véspera da formalização do reconhecimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ordenou que o consulado espanhol em Jerusalém encerre os serviços a palestinianos a partir do próximo dia 1 de junho.

Mais de 140 países reconhecem a Palestina como Estado, alguns dos quais, membros da União Europeia, como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia e a Suécia.

Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.