Na última sondagem da CESOP-Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público antes das eleições de domingo o PS recupera face aos resultados anteriores e surge dois pontos à frente da Aliança Democrática. Ainda assim pode falar-se numa situação de empate face às margens de erro do estudo.

Na sondagem anterior a AD surgia ligeiramente à frente do PS na intenção direta de voto (22 para 20%), o que se traduzia num empate técnico (31 e 30%) entre as duas maiores forças políticas a disputar as eleições europeias. Agora os socialistas seguem com um ligeiro avanço, com 33%, e a coligação que junta PSD, CDS e PPM com 31%.

O Chega continua a surgir como a terceira força política. Regista uma decida face à sondagem anterior, passando de 15% para 12% dos votos, refere a RTP. Em tendência contrária está a IL, que se aproximar do Chega. Em duas semanas o partido subiu de 6% para os 8%. Surgem depois a CDU, o Livre e o BE com 4% — caem todos um ponto percentual –, e o PAN com 1%, mantendo o resultado anterior.

O CESOP sublinha a “elevada mobilidade do voto, com vários partidos a revelarem dificuldades para segurar o seu eleitorado de março que pretende votar nas Europeias”. Em comparação com a sondagem anterior, há um aumento de indecisos entre eleitorado Chega, “o que é uma novidade”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

[Já saiu o quarto episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio, aqui o segundo episódio e aqui o terceiro episódio]

Traduzindo os resultados para mandatos europeus, o PS ficaria com 7 a 9 eurodeputados (assegurou 9 nas Europeia de 2019) e a AD com 6 a 8 (teve 6). O Chega alcançaria 2 a 4 lugares (não tinha deputados até agora).

A IL teria possibilidade de eleger 1 ou 2 deputados. Já a CDU, o BE e o Livre correm o risco de ficar fora do Parlamento Europeu. Na melhor das hipóteses, conseguiam um único eurodeputado. Segundo os resultados, o PAN ficaria sem representação.

A sondagem também olhava para a abstenção, geralmente muito elevada nas eleições europeias. De notar que 87% dos inquiridos disseram que iriam votar no dia 9 de junho, um valor muito significativo já que em 2019 apenas votaram 30,73% dos eleitores.

O inquérito foi realizado na primeira semana da campanha, entre os dias 27 de maio e 3 de junho de 2024. Foram obtidos 1552 inquéritos válidos.