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Terminou este domingo a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que aconteceu na Suíça, e os cerca de 100 líderes mundiais presentes neste encontro elaboraram e apresentaram durante a tarde a respetiva declaração final. Existia a dúvida sobre se seria alcançado um consenso entre os países presentes e das 101 delegações presentes, apenas 80 assinaram o documento.
Brasil, Índia, África do Sul, Arménia, Barém, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México não assinaram o documento.
O rascunho do documento divulgado durante a tarde deste domingo já tinha sido divulgado pela agência Reuters, que referia que “a guerra em curso da Rússia contra a Ucrânia continua a causar sofrimento e destruição humana em larga escala”.
De acordo com o declaração publicada, existem quatro pontos fundamentais, ainda que não constem do documento discussões como a entrada da Ucrânia na NATO e a construção de um acordo pós-guerra.
- Um dos pontos da declaração final é focado na energia nuclear, com os líderes mundiais que a assinaram a defenderem que o controlo da central nuclear de Zaporíjia deve voltar para as mãos dos ucranianos. Neste momento, a central é controlada por Moscovo. “Qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da guerra em curso contra a Ucrânia é inadmissível”, lê-se no documento.
- A defesa da integridade territorial da Ucrânia também consta da declaração final. “Reafirmamos o nosso compromisso de recusar a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou independência política de qualquer estado, os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os estados, incluindo a Ucrânia, dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo águas territoriais”, revela o rascunho.
- Também a recuperação do controlo do Mar de Azov constar da declaração final. “A segurança alimentar global depende da produção e do fornecimento ininterruptos de produtos alimentares“, diz também o documento, numa referência a uma das discussões deste fim de semana entre os vários líderes, que se focou nos abastecimento de cereais pela Ucrânia.
- O documento fala também sobre a libertação dos prisioneiros de guerra. “Todas as crianças ucranianas deportadas e deslocadas ilegalmente e todos os outros civis ucranianos que foram ilegalmente detidos devem ser devolvidos à Ucrânia.”